Realizado desde a criação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, em 2008, o Festival Tinta Fresca vem se consolidando como uma das principais plataformas para o fomento e a apresentação de novas composições sinfônicas no Brasil. Em sua oitava edição, o festival recebeu a inscrição de 26 peças inéditas, assinadas por jovens compositores de diferentes cantos do país. No concerto gratuito que acontece nesta quinta (24), na Sala Minas Gerais, sob a batuta do maestro Marcos Arakaki, a Orquestra Filarmônica apresentará as cinco obras finalistas de 2017.
Integram esta edição as peças inéditas “Maria Stella”, do carioca Henrique Gomes Coe; “Pandora –Fantasia Orquestral Sobre o Mito de Hesíodo”, do cearense Caio Menezes Facó; “Impressões Francesas”, do mineiro Renato Henrique Goulart Pimenta; “Quando o Sol se Detém para Ouvir as Canções de Guerra”, do também mineiro Felipe Mendes de Vasconcelos; e “Menniniana”, do paulistano Marcelo José Bellini Dino.
“São cinco estreias mundiais, que nunca foram tocadas antes. Isso, por si só, já é extremamente preponderante para esses dez anos de Filarmônica. Somente pelo Tinta Fresca, a orquestra já apresentou cerca de 50 obras inéditas”, ressalta Arakaki.
O maestro conta que as obras serão julgadas por uma comissão formada pelos compositores Cláudio de Freitas, João Guilherme Ripper e Ronaldo Miranda, além de Arakaki e da orquestra. “Para vencer o festival, o compositor deve ter quatro dos seis votos” , explica.
“Mas consideramos que só de chegar até aqui, todos esses compositores já são vencedores. O trabalho do compositor é muito solitário, então o fato de ele ter a oportunidade de ver sua criação tocada por uma orquestra do nível da Filarmônica é incrível”, defende o maestro. “Além de fomentar a produção local, o Tinta Fresca mostra a potência da nova música sinfônica. A cada edição, temos gratas surpresas”, finaliza.
Serviço: Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresenta Festival Tinta Fresca 2017. Nesta quinta-feira (24), às 20h30, na Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto). Entrada franca, sujeita à lotação da casa.