Frejat faz primeiro show em BH após saída do Barão Vermelho

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
Publicado em 28/09/2018 às 08:35.Atualizado em 10/11/2021 às 02:41.

Frejat faz mistério sobre a inclusão de “Carpinteiro do Universo”, de Raul Seixas, e ‘Trocando em Miúdos”, de Chico Buarque, no repertório de um show calcado em músicas conhecidas e outras pouco tocadas produzidas durante os 35 anos que ficou à frente do Barão Vermelho.
“Aí vou ter lhe adiantar o que eu quero que o público descubra lá. Mas são músicas que adoro e que dão contexto ao show”, diverte-se o ex-vocalista de uma das grandes bandas do rock nacional, que vem a BH pela primeira vez após a separação, acontecida em janeiro de 2017.
O show deste domingo, no Grande Teatro do Palácio das Artes, não deixa de ser um balanço bastante íntimo do seu trabalho no palco, “navegando por tudo que realizei na carreira, escolhendo músicas que gostaria de tocar”. Algumas delas, ressalta, rendem boas histórias sobre como foram feitas. 
O repertório também contará com canções que ele agora busca dar maior destaque, extraídas do lado B dos discos solos e do Barão e que há muito não eram apresentadas. “Quando foram lançadas, outras músicas daqueles mesmo discos acabaram sendo mais conhecidas”, registra.
O clima do show de Frejat, aliás, é bem diferente do que os fãs estão acostumados, ditado pelo fato de estar diante de uma plateia mais concentrada. “É o que me permite tocar músicas menos conhecidas ou que toquei raramente ao vivo. Algo mais difícil de fazer quando ela está em pé, bebendo”.

Sem sofrimento
Há quase dois anos fora do Barão Vermelho, Frejat se diz num momento feliz da carreira, gravando somente aquilo que lhe agrada. “Tinha minhas convicções sobre como conduzir a banda naquele momento, mas estavam em discordância com o que os outros queriam”. Segundo ele, “não faria sentido ficar empacando a vida deles ou, por outro lado, fazer o que eu não queria. Me ver fora da banda ainda é estranho, porque faz parte da minha história de vida, parte importante do que sou e do que fiz, mas não sofro com isso”, salienta. 

“O Barão sempre teve uma plateia calorosa em BH e isso se transferiu também 
para o meu trabalho”

Para o futuro, principalmente em relação ao lançamento de discos, Frejat se mostra em dúvida. “Confesso que tenho lançado menos do que deveria, mas ainda não consegui chegar a uma conclusão – se é melhor lançar músicas em blocos, como EPs ou singles”. Desde 2010, o cantor só tem promovido singles, às vezes com duas músicas juntas. “As pessoas me pedem mais músicas. Então tenho pensado sobre isso. Também estou preparando um outro projeto pra o ano que vem que está me animando muito”, adianta, sem abrir mão do mistério.

SERVIÇO “Frejat Voz & Violão” –  Domingo, às 19h, no Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos: Plateia I – R$ 150 (R$ 75,meia), Plateia II – R$ 130 (R$ 65, meia) e Plateia Superior R$ 110 (R$ 55, meia).

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