Gabriel, o Pensador está de volta com o disco "Sem Crise"

Cinthya Oliveira - Do Hoje em Dia
14/01/2013 às 12:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:36
 (Ramon Moreira/Divulgação)

(Ramon Moreira/Divulgação)

"Pensou que eu tava de bobo, mas de bobo é que eu não tava/Fiz de bobo quem pensava, fiz de bobo quem pensou". Na faixa-título do recém-lançado "Sem Crise", Gabriel o Pensador dá o recado. Esteve longe dos estúdios por sete anos, mas não deixou de ser músico. Nesse meio tempo, esteve envolvido com o projeto Pensador Futebol, para descobrir novos talentos da bola, mas nunca deixou de cantar e compor.

"Foram (sete anos de) altos e baixos, mas sem crise, sem ficar bolado", garante Gabriel o Pensador. O retorno não foge muito do caminho traçado lá atrás: músicas bem-humoradas, sobre o cotidiano, sem passar perto dos assuntos ácidos tão comuns no universo do rap. A diferença aqui está na produção e lançamento independentes.

"Foi um disco feito meio que homeopaticamente, no meio de outros projetos. Fui criando as inéditas e deixando guardado. Como não tinha prazo de entrega estipulado por nenhuma gravadora, a criação foi mais sossegada e menos apressada", diz Gabriel, que contou com várias participações em "Sem Crise" – Carlinhos Brown, Nando Reis, ConeCrewDiretoria, Afroreggae, Jorge Ben Jor e Rogério Flausino (em "Brilho Cego", uma homenagem bem pop a "Fé Cega, Faca Amolada", de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos).

A direção musical ficou a cargo do "hypado" Fernando Deeplick, que já trabalhou com estrelas como Shakira, Jennifer Lopez, Wanessa Camargo e Claudia Leitte. Para Gabriel, foi o produtor o grande responsável pela sonoridade do CD, mesmo com o projeto já em andamento desde 2009.

"O Deeplick deu uma pegada diferente pro álbum. Ele tem uma proximidade bem legal com música brasileira e quando veio trabalhar nesse disco, eu e o André Gomes, que é músico, já estávamos com o projeto em andamento. Aí o Deep veio e deu uma trabalhada nas músicas já feitas, deu uma mexida aqui e ali, acrescentou um beat e tal", explica.

Linhas tortas

Uma das faixas do álbum já é conhecida do público desde maio do ano passado. "Linhas Tortas" foi uma resposta do rapper à polêmica causada pelo seu alto cachê (R$ 170 mil) para participar da Feira do Livro de Bento Gonçalves. Após protestos, sua participação foi cancelada. "Na loja eu vendo disco, já vendi mais de um milhão/Se isso for um crime, quero ir logo pra prisão" é um dos versos da música.

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