Gêmeos do Duo Santoro lançam álbum "Bem Brasileiro"

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
24/06/2013 às 08:27.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:24

Ricardo Santoro admite: "Muitas pessoas vão aos concertos para ver os 'gêmeos do violoncelo'. Algumas dizem que ficam tentando fazer o jogo dos sete erros", diverte-se. Ricardo é a metade da laranja do carioca Duo Santoro, completado por Paulo, e que acaba de lançar o CD "Bem Brasileiro" (gravadora A Casa Discos). À despeito da aparência, os dois não são univitelinos. "Mesmo com toda a semelhança", reforçam os dois, de 45 anos.

OK, o duo já "usou" (no bom sentido) a peculiaridade para divulgar seu trabalho. "Se temos esse trunfo, por que não?". Mas é a música que detém a primazia. E no CD, a ideia foi se nortear pelas músicas clássicas brasileiras para a formação. "Queremos que seja uma referência, o primeiro que as pessoas se lembrem ao pensar em música brasileira para dois violoncelos".

O repertório traz temas de Alexandre Schubert, Villa-Lobos, Francisco Mignone, Ernani Aguiar e outros não menos importantes. "A faixa que abre o CD, o carro-chefe do Duo, aquela música que não pode faltar, pois o público sempre pede, é ‘O Trenzinho do Caipira’, de Villa-Lobos. Outro destaque, a que fecha o CD, foi feita especialmente para a gente pelo produtor, Sergio Roberto de Oliveira: ‘Bis’. O local dela como última música não é por acaso: afinal todo concerto termina com um bis", revela Ricardo.

"Passinho"

Depois do lançamento, no Rio, a meta é viajar pelo Brasil, ainda este ano. "Para 2014, os entendimentos estão adiantados para Estados Unidos, Canadá, Peru e Itália", diz Ricardo. Enquanto isso, os dois seguem colecionando casos engraçados por conta da genética.

"Uma vez, num concerto meu com um pianista, faltando um minuto para o início, o responsável passa o maior sermão no Paulo, perguntando o que ele estava fazendo ali, na plateia, com roupa comum, em vez de estar na boca de cena. Logicamente ele morreu de rir", relata Ricardo. Em tempo: os dois também ficaram famosos por participar da "Batalha do Passinho", que "bombou" na web. "Ficamos felizes com a repercussão. Acho que contribuímos um pouco para a difusão do nosso instrumento".

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