solucionados no tribunal. As histórias são baseadas nos contos do livro "A Vida Não É Justa", escrito pela juíza da vara de família Andrea Pachá, que usou suas experiências como referência.
Na série, a atriz Gloria Pires vive a protagonista, a juíza Andrea. A cada domingo, uma trama que envolve problemas que ocorrem no dia a dia no tribunal ganham vida por meio da dramaturgia, com atores interpretando os personagens envolvidos em cada caso. "Optamos por colocar atores por questões narrativas e para apresentar um formato diferente ao público", conta o diretor do quadro, Pedro Peregrino.
Os temas da primeira temporada vão desde a bigamia, passando pelo abandono de crianças até a gravidez na adolescência. Todos esses conflitos familiares acabam na Justiça, e é Gloria Pires, no papel da juíza, quem tem de definir os rumos de cada um. "Eu assisti a algumas audiências da Andrea, vi como ela é humana nos casos que julga", conta Gloria. "Há uma distância grande entre o que as pessoas acham que acontece e o que realmente acontece no fórum."
Ela afirma que, curiosamente, sua personagem tem poucas falas, apesar de ser a protagonista. "A gente quis colocar o pensamento das famílias e o entendimento da Andrea sobre os casos, o bom senso dela", reforça.
Experiência
Para dar vida à juíza, Gloria conta que, além de acompanhar sua atuação no dia a dia, fez outros trabalhos para entender como funciona a rotina nessa área. "Eu assisti a filmes, li livros e, claro, li o "A Vida Não É Justa"", revela a atriz, que retorna à TV depois de "Babilônia" (Globo, 2015). "Não consigo resistir a um projeto inovador", conta. "Espero que a série influencie as pessoas de maneira positiva. A Andrea Pachá é uma pessoa incrível, muito humana. Não estamos habituados com isso.
Normalmente, os profissionais que se dedicam a ajudar a população se colocam distantes de seus problemas. E com a Andrea acontece o oposto."
Os dramas em cena se desenrolam em três tempos. Primeiro são apresentadas as histórias de vida. Depois, são mostrados os depoimentos de quem está envolvido em cada caso. E, por último, a trama entra na sala de audiência. "Nós não temos a pretensão de explicar os casos e seus trâmites legais, mas de emocionar. As pessoas estão num momento que querem ver mais justiça acontecendo no país", conclui o diretor artístico Rafael Dragaud.