Era para ser apenas uma apresentação coletiva dentro do festival “Eu Gostaria de Ouvir”, em 2010. Mas a química entre seis jovens instrumentistas e compositores foi tão boa que deu origem ao grupo D E R I V A SONS, que lança neste domingo (4), no Galpão Cine Horto, seu primeiro álbum, homônimo.
Nesse primeiro trabalho, a vertente evidenciada foi a da composição. Cada integrante assina uma das seis peças presentes no trabalho, com direito a várias participações de ex-colegas de UFMG, de integrantes da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e um regente – Oiliam Lanna. Em comum, muitas experimentações que dialogam com caminhos múltiplos da música contemporânea.
“A nossa proposta é da ação na música contemporânea, de reunir seis compositores com realidades, linguagens e influências diferentes. A nossa unidade está na ação, que vai além da escrita de uma nova música, pois também trabalha a divulgação e circulação da produção de novos compositores”, afirma o integrante Marcos Braccini. A produção é de Rogério Vasconcelos e a arte gráfica é de Marcelo Xavier, colunista do Hoje em Dia.
O concerto deste domingo é muito representativo do trabalho diverso realizado pelo grupo, onde não há instrumentos definidos para cada instrumentista, nem todos atuam o tempo todo no palco. As seis composições presentes no álbum trazem três criações para instrumentos solo (violino, violoncelo e percussão), uma para um quinteto de sopros, uma para quarteto misto e apenas uma para o sexteto completo.
Embora o álbum evidencie o lado compositor dos componentes do D E R I V A SONS, Braccini explica que o lado instrumentista do sexteto vem sendo fortalecido nos últimos dois anos. “Alguns compositores têm feito músicas especialmente para o nosso grupo. Isso fortaleceu a nossa identidade”.
Alternativo
Embora seja uma música instrumental e experimental criada por profissionais que passaram pela academia, o D E R I V A SONS tem rompido os muros do ambiente universitário.
Se apresentou em conservatórios, sim, mas também em espaços alternativos como praças públicas, galerias de arte e museus. “Em Cuba, chegamos a nos apresentar num estádio de beisebol e em um cabaré tradicional, com o som microfonado”, conta Braccini.
D E R I V A SONS no Galpão Cine Horto (rua Pitangui, 3613, Horto). Domingo, às 20h. R$ 20 e R$ 10 (meia)