Grupo Semente lança o primeiro disco sem Teresa Cristina

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
26/01/2015 às 07:56.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:47

(Alfredo Alves/Divulgação)

Quem conhece o bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, certamente já ouviu falar do Grupo Semente – aquele mesmo que há 16 anos dá base para a agora famosa Teresa Cristina. Mesmo com 16 anos de existência, somente agora o quinteto estreia no mercado fonográfico, com um álbum homônimo, via Biscoito Fino.

De acordo com o cavaquinista João Callado, o álbum foi realizado no tempo certo, após um bom amadurecimento entre todos integrantes. Conciliar a agenda de todos não foi fácil. Além dos shows de Teresa Cristina, os músicos sempre estiveram envolvidos em outros projetos pessoais, dificultando a agenda de ensaios, preparo e gravações.

“A gente queria gravar já há algum tempo. E amadurecemos bastante o conceito do CD e do repertório. Fazendo shows e reuniões do grupo. Acho que o mais importante pra gente, era que o CD tivesse a cara do Semente, ou seja, de todos os integrantes. Foi um processo bem democrático”, afirma.

O disco não poderia deixar de ter convidados bem especiais, a começar, claro, por Teresa Cristina – em “Alô, João”, de Baden Powell e Cyro Monteiro. Diogo Nogueira participa de uma interessante versão para “Disritmia”, de Martinho da Vila, enquanto Pedro Miranda (primeiro vocalista do Semente) cantou em um mix de “Tumba Lê Lê” e “O Facão Comeu”.

Entre as 12 faixas, estão ainda uma parceria entre Paulo César Pinheiro e Wilson das Neves com o percussionista do grupo, Mestre Trambique (“Mestre Marçal”). Há ainda várias como composições autorais, inclusive do próprio Callado (“Nós e o Luar”).

“Todos participaram da escolha do repertório. Tanto sugerindo músicas, quanto apresentando composições. Gravamos muitas músicas autorais. E todos os integrantes estão representados no resultado final”, explica o cavaquinista, acrescentando que fizeram questão de passar pelas mais diferentes linguagens do samba, como partido alto e samba de raiz.

“Vale dizer também que o repertório tem unidade, mas ficou bem variado: tem músicas bem antigas, bem contemporâneas, tradicionais, modernas. Acho que ficou bem equilibrado”, completa.

Com o disco em mãos, o Grupo Semente pretende derrubar a barreira do rótulo de banda da Lapa e viajar por todo o Brasil. Inclusive Belo Horizonte.

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