(Reprodução capa/Héloa)
Com uma ajudinha dos mineiros Sérgio Pererê e Luiz Gabriel Lopes, da baiana Luedji Luna e do paraense Saulo Duarte, a sergipana Héloa concebeu dez composições que reverenciam o Rio São Francisco, os povos ribeirinhos, o sertão, as tradições africanas e indígenas e diversas manifestações culturais. Gritos de resistência que ecoam pelos territórios do samba, do afrobeat, do afrorregae e do forró, resultando no segundo e mais novo disco de estúdio da cantora, “Opará”.
“Mergulhei nas tradições a fim de desconstruir e descolonizar cada vez mais meu pensamento e trazer uma produção horizontal e em consonância com o modo de vida desses povos. E refletindo sobre o tempo e o sagrado em mim”, comenta Héloa.
Além de reunir um timaço na concepção do conteúdo lírico presente no álbum, ela contou com várias participações especiais, como Seu Mateus Aleluia, Fabiana Cozza, Mestrinho, indígenas da aldeia Kariri-Xocó e o grupo Mulheres Livres, um coral formado na Penitenciária Feminina da Capital de São Paulo, no Carandiru, com seis sul-africanas e duas malaias que compartilham o talento que descobriram no cárcere.
Aliás, todas essas alianças dão um colorido a mais para Héloa brilhar e homenagear figuras ancestrais, nkisis, voduns, orixás, caboclos e pajés.
“Esse disco surge de uma grande vivência e entrega ao universo religioso e sagrado do candomblé e indígena, marcado pela minha iniciação e consagração para o chamado ancestral. A partir daí se abre um novo olhar diante da minha própria carreira e vida”, afirma a cantora.
Confira o novo disco abaixo
Confira também o primeiro clipe do álbum