Hoje em Dia lista os melhores filmes lançados em 2017

Paulo Henrique silva
phenrique@hojeemdia.com.br
08/01/2018 às 09:14.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:38
 (Editoria de Arte/Hoje em Dia)

(Editoria de Arte/Hoje em Dia)

Com o mundo enfrentando toda sorte de crise, especialmente econômica e de valores, até mesmo os super-heróis empreenderam uma grande fuga em 2017. Parte de uma das maiores franquias do cinema, “Star Wars – Os Últimos Jedi” é, basicamente, a história de mocinhos, alguns deles já sem esperanças, cada vez mais pressionados pelo grande Mal, numa escapada alucinada para não serem completamente dizimados.

A sensação de deslocamento, agonia e perda de forças diante de agentes sobrenaturais ou bem conhecidos (em especial, o conservadorismo da sociedade) é uma característica presente em várias produções listadas entre as dez melhores lançadas no circuito exibidor em 2017, na avaliação de Paulo Henrique Silva, jornalista e crítico de cinema do Hoje em Dia.

O maior exemplo dessa “debandada” é o registro do recuo de um grande número de soldados aliados durante a Segunda Guerra Mundial, em 1940, na cidade belga que dá título a “Dunkirk”, de Christopher Nolan. Enquanto os barcos não chegam para fazer a retirada, militares viram alvos fáceis dos alemães, criando um cenário desalentador.

A continuação “Blade Runner 2049”, de Denis Villeneuve, é uma espécie de fuga às avessas, em que um caçador de androides se afasta cada vez mais daquilo que acredita estar próximo, sobre as suas origens e as suas verdadeiras crenças. A fotografia endossa o contraste entre tecnologia e caos, presente no primeiro “Blade Runner”, lançado em 1982.

O título do suspense “Corra!” já é autoexplicativo, explorando o sentimento de estranhamento de um rapaz negro, levado pela namorada branca para conhecer a família dela. Uma das grandes sensações da temporada passada, o filme assinado por Jordan Peele põe o dedo na ferida na questão racial de maneira inquietante e original. 

Identidade
Em mais um enredo sobre preconceito, o chileno “Uma Mulher Fantástica”, de Sebastian Lelio, mostra um outro viés da fuga, a partir do apagamento de seus vestígios. É o que tenta fazer a família de um homem de meia idade que estava envolvido com uma transexual. Com a morte dele, a companheira perde todos os direitos, lutando contra o apagamento não só de sua relação como também de suas conquistas.

Dirigida por Pablo Larraín, “Jackie” é a cinebiografia de Jacqueline Kennedy, primeira-dama que estava ao lado do marido, o presidente John Kennedy, quando ele levou um tiro em Dallas, em 1963. A fuga começa neste ponto, com os seguranças tentando protegê-la contra outros possíveis atos terroristas, e prossegue quando ela tem que deixar gradualmente a persona que se tornou. Editoria de Arte/Hoje em Dia / N/A

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