Jornalista narra história do Colégio Estadual em livro

Pedro Artur - Hoje em Dia
Publicado em 13/09/2014 às 14:39.Atualizado em 18/11/2021 às 04:11.
Projetado por Oscar Niemeyer, o Colégio Estadual é uma referência há décadas em Belo Horizonte, principalmente pelas cabeças pensantes que por lá passaram. De Aníbal Machado, Milton Campos, Fernando Sabino, Hélio Pellegrino e, nos anos 1950, por Herbert de Souza, o Betinho, que mais tarde lutaria pela erradicação da miséria no país. São estes alguns dos nomes presentes na narrativa do jornalista Renato Moraes, 63 anos, autor de “Colégio Estadual”, da série “BH, A Cidade de Cada Um”, que será lançado neste sábado (13), a partir das 11h, na Livraria Mineiriana (rua Paraíba, 1419, Savassi). A obra será vendida a R$ 20.
 
Outra geração também atuante e visionária foi a de 1960, que vale um capítulo à parte no livro de Moraes. Ela participou das mudanças de costumes, resistiu à ditadura e alguns de seus personagens alcançaram fama internacional, como o compositor Fernando Brant. Então, nada melhor que um dos passageiros desse “trem cultural e político” para retratar essa viagem. 
 
Moraes, esteve no olho do furação de toda essa agitação, por sete anos, de 1962 a 1969, antes de migrar para São Paulo, abraçar o jornalismo, e atuar na “Veja” e “Folha de S. Paulo”, da qual foi editor do caderno “Ilustrada”, entre outras publicações.
 
De volta a Belo Horizonte, sua terra natal, o autor ressalta a importância do Estadual na formação ética. “Isso é herança que vamos carregar para o resto da vida. É uma herança bendita. No final do livro (página 118) digo que ‘o passado é lição para refletir, não para repetir. Não devemos servir de exemplo para ninguém. Mas podemos servir de lição’”.
 
“Quando cinco, seis ex-alunos, sentam numa mesa, a história não termina, vira a madrugada. A pessoa pode ter ido para a Sorbonne, USP, Berkeley depois, mas a referência continua sendo o Colégio, com o seu critério básico que norteia o homem, o caráter e a ética”, ressalta. 
 
E acrescenta que o Colégio, em sua época, funcionava como uma faculdade, inclusive com a figura do reitor. Apesar disso, Moraes destaca, nas páginas do livro, a decadência dessa instituição que veio da época do Império, deixando Ouro Preto para trás, para se instalar definitivamente em Belo Horizonte. Somam-se aí 160 anos. 
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