A animação mineira ganhou um forte empurrão no final da década de 80, quando a Escola de Belas Artes da UFMG assinou convênio com a prestigiada National Film Board of Canadá, mediado pela Embrafilme. Das primeiras turmas saiu Tania Anaya, hoje uma das principais realizadoras do gênero no Estado.

Outro nome importante é Sávio Leite, que não se formou no núcleo, mas está por trás do segundo eixo de desenvolvimento do formato em Minas, como organizador da Mostra Udigrudi Mundial de Animação. Para comemorar os dez anos do festival, Leite lança neste sábado o primeiro livro sobre a animação mineira.

Experimental

"Subversivos – O Desenvolvimento do Cinema de Animação em Minas Gerais" historiciza esses dois momentos a partir de artigos, entrevistas e filmografia. "Hoje temos uma produção quase invisível. Não em termos de números e circulação, já que é exibida em festivais. Mas falo do grande público, devido ao seu caráter mais experimental", observa.

Esse estilo menos comercial é justificado, como exposto no livro, pelo convênio com a National Film Board. O responsável por amarrar a parceria foi o diretor Marcos Magalhães, que retornou de um curso na escola com a intenção de fundar vários núcleos no país. Em 1993, ele criou o Anima Mundi, principal festival brasileiro do gênero.

A Mostra Udigrudi entrou num segundo momento, como único festival mineiro do gênero, apresentando filmes internacionais inéditos. "Foi importante para alunos se aprimorem a partir do que está acontecendo no mundo. A animação mineira passou a ganhar destaque na programação, alguns deles feitos especialmente para exibição na mostra", destaca.


Serviço

"Subversivos – O Desenvolvimento do Cinema de Animação em Minas Gerais" – Lançamento na Livraria Ouvidor (rua Fernandes Tourinho, 253). No sábado (18), de 10 às 13 horas.

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