Longa brasileiro sobre roubo da Jules Rimet terá estreia mundial no SxSW

Folhapress
23/02/2016 às 14:38.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:32

Em 1983, a taça Jules Rimet, conquistada definitivamente pelo Brasil após o tricampeonato na Copa do Mundo de 1970, foi roubada da sede da CBF no Rio de Janeiro. O crime, que rapidamente ganhou as capas dos jornais e nunca foi totalmente solucionado - até hoje especula-se se o troféu foi realmente derretido - também chamou a atenção do cineasta Caíto Ortiz. "Na época, eu tinha 13 anos e tenho uma memória forte dessa comoção, mas nunca soube realmente o que tinha acontecido", diz ele. Agora, 33 anos após o sumiço da Jules Rimet, lança seu segundo longa de ficção, "Ladrões de Caneco", sobre o crime.

O filme terá estreia mundial no festival texano South by Southwest, no dia 12 de março de 2016, como parte da mostra não competitiva "Visions". O SxSW, como é conhecido, é um dos principais celeiros de tendências dos Estados Unidos. Em "Ladrões" (cujo título em inglês é "Jules & Dolores"), o ator Paulo Tiefenthaler (de "Larica Total") é Sérgio Peralta, o responsável por arquitetar o roubo da taça. "Nós começamos fazendo um filme super fiel, mas aí decidimos fundir dois personagens", conta o diretor.

Assim, Peralta, que na vida real não foi à sede da CBF cometer o roubo, no filme põe a mão na massa. A ficção não para aí -a mulher do ladrão, vivida por Taís Araújo, nunca existiu. "Tomamos algumas liberdades para ligar os pontos da história". Além deles, estão no elenco ainda os atores Danilo Grangheia, Stepan Nercessian e o funkeiro Mr. Catra. "O Catra é a voz do povo brasileiro: ele briga com eles, diz 'como assim vocês têm coragem de roubar essa taça? É como se fosse a imagem de Nossa Senhora! Vocês vão devolver essa porra'", imita Caíto.

O final, no entanto, permanece intacto: os ladrões são presos e condenados e a taça nunca mais é vista. No Brasil, deve chegar só no segundo semestre. As Olimpíadas no Rio, diz Caíto, que é também diretor da produtor Prodigo Films, que assina o longa, complicaram a logística nacional, apesar da temática esportiva. esportiva. "A gente ainda não sabe se o melhor é esperar passar ou lançar no meio".

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