Louvre vai transferir obras para filial em Lens por risco de enchente em Paris

AFP
03/10/2013 às 07:14.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:00

(Lionel Bonaventure )

SÃO PAULO - Uma boa parte das 460 mil obras da coleção do Louvre, o maior museu do mundo, será transferida para uma reserva técnica na sede satélite do museu parisiense em Lens, no norte da França. O motivo, segundo uma avaliação da equipe técnica do museu, é que o acervo corre risco de ser atingido caso aumente o nível do rio Sena.

Testes recentes realizados pelo Louvre mostram que, caso haja uma cheia do rio, não seria possível recuperar toda a coleção num intervalo de 72 horas, considerado padrão nesse tipo de resgate.

Um acordo firmado entre o diretor do museu Jean-Luc Martinez, a ministra francesa da Cultura, Aurélie Filippetti, e Daniel Percheron, governador da região de Nord-Pas-de-Calais, as peças do museu deverão ser transferidas para a sede satélite em Lens no prazo de um ano.

Inaugurado no ano passado e projetado pelo escritório Sanaa, da dupla de arquitetos japoneses Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, o Louvre em Lens deverá reservar 23,5 mil metros quadrados para receber a coleção do museu, que hoje se divide entre o subsolo do Louvre em Paris, um depósito no norte da capital francesa e um armazém em Châlon-en-Champagne.

A operação de transferência será orçada em parte pelo museu, que deve empenhar parte do dinheiro que recebeu na venda bilionária de sua marca para o Louvre que está sendo construído em Abu Dhabi, e parte pelas autoridades da região.

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