Luiz Gabriel Lopes lança hoje, no Teatro Bradesco, seu terceiro disco, 'Mana”

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
10/10/2017 às 20:34.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:10
 (CHICO DO CÉU)

(CHICO DO CÉU)

“São tempos áridos, de muita dificuldade. Mas existe um trabalho sutil, quase uma jardinagem energética, que passa pela música. A música como cura, como forma de se proteger desse abismo de descrença e manter a esperança”. A reflexão é de Luiz Gabriel Lopes, ponto fora da curva em tempos de incerteza e desânimo. O trabalho de “cultivo de energias utópicas” é explícito em “Mana”, terceiro disco solo do cantor, compositor e instrumentista mineiro, que será apresentado hoje, pela primeira vez, em Belo Horizonte, no Teatro Bradesco.  Psicodélico e pop, o álbum traz uma mensagem pacifista traduzida em uma sonoridade enxuta e simples. “Houve uma busca por sair do excesso de elementos, muito presente em ‘O Fazedor de Rios’ (antecessor de ‘Mana’, de 2015). Tentamos olhar a estrutura de forma menos rebuscada, com foco nas mensagens das músicas”, afirma Luiz Gabriel.  No disco, o artista contou com o apoio de Téo Nicácio (baixo), Mateus Bahiense (bateria e percussão) e Daniel Pantoja (flauta), que também o acompanham no show. “Chegamos a arranjar mais de 30 músicas até chegar nesse conjunto de nove canções e um tema instrumental (‘Cangaço Lírico’). O repertório foi construído de forma cinematográfica, entendendo como uma música dialoga com a outra, quais as ressonâncias de cada faixa. Um processo que só foi possível graças à generosidade dos meus companheiros de ‘mergulho’, que abraçaram o trabalho e contribuiram para edificá-lo”, diz.  Luiz Gabriel pontua que o disco – que tem participações de Maurício Pereira e Ceumar – ainda está sendo descoberto por ele e pelo público desde o lançamento digital. “Eu não tenho uma favorita, porque vejo o álbum como um conjunto. Mas tenho achado interessante colher os feedba. Muita gente tem falado da última, ‘Índio’, que achei que seria uma das mais difíceis do disco. Acho que é muito pelo refrão também, ‘o que é bom permanecerá’, uma frase que precisa ser dita nesse momento”, reflete.  Catalisar o otimismo e renovar a esperança, de fato, estão entre os principais componentes do “mana” do artista. “Mana é uma energia vital, um campo eletromagnético que existe em todos os seres. Quando eu te dou um abraço, ele vai para o meu mana e trocamos essa energia. Apesar de não ser um disco conceitual, ele traz essa vibração de propor ao universo coisas que a gente acredita que devem ser disseminadas”, explica.“Acredito na capacidade que a música tem de criar e propor realidades, e não apenas de ser uma cartografia das complicações à nossa volta. A música ajuda a atravessar a dificuldade e a colorir o cotidiano de cada um. A música salva vidas”. Serviço: Luiz Gabriel Lopes apresenta “Mana”. Hoje, às 20h, no Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ingressos: R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia-entrada). 

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