Malluh Praxedes lança livro "Dona de Mim," neste sábado

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
22/03/2014 às 11:48.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:47
 (Divulgação)

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Em todas as empreitadas de Malluh Praxedes no terreno da escrita, os títulos despontam primeiro do que os livros. “Adoro ficar buscando ideias para um novo desafio. Assim veio ‘Dona de Mim,’ numa alusão ao fato de que não somos donos de nada mesmo. Foi um desafio que gostei muito de nortear”, diz ela, referindo-se ao livro que – se não chover (toc toc toc) –, autografa neste sábado (21), na Livraria Asa de Papel (Rua Piauí, 631, Santa Efigênia).   Os contos que compõem a obra são de lavra recente. O fio condutor, prossegue ela, “é o que considero um direito de qualquer pessoa e que ninguém pode nos roubar – nosso desejo”. E neste livro, Malluh trabalha exatamente “o obscuro objeto do desejo”. “Não baseada em (Luis) Buñuel, mas por que não revelar aquele instante que só mesmo um ser pode sentir? Adoro escrever na primeira pessoa e com isso me transformo naquele personagem com o qual passo a conviver. Só posso dizer que é mágico o insight – tanto de escolher um título quanto na hora em que o livro começa a ganhar seus contornos”, compartilha.   Sim, escrever é a maior realização de Malluh. “Ficar ali diante dos personagens, convivendo com seus sentimentos, buscando a alma de cada ser, sua cor, medos, anseios e todos os sonhos”. Para cada história um envolvimento específico, “uma sensação de vida vivida com forma”. “E é preciso ter princípio, meio e fim. Que sejam felizes ou não, mas que tenham uma história a contar”, pontua.   Vale lembrar que a obra traz desenhos do saudoso Fernando Fiúza. “Tudo aquilo tinha ‘a cara’ do Nando. Fui à casa em que ele vivia e procurei a Luciana (Radicchi, que foi casada com Fiúza) e, surpresa, ela me disse: ‘Juro que ia te procurar para perguntar se não gostaria de usar os nus do Nando em um de seus livros’. Foi uma emoção conjunta, já que ela, Otávio Bretas, que foi o designer gráfico, e eu pudemos ver tudo ao mesmo tempo. Foi como se o Nando aprovasse a nossa decisão. Ficamos (estamos) muito felizes com o resultado”.   O jornalista Antonio Siúves assina o prefácio. “Foi uma ideia mais que feliz: certeira. Por ele ter sido amigo do Fiuza, tinha um sentimento parecido com o meu: a certeza de que o Nando não sairá (e nem deve) de nossa formação como seres, escritores, pessoas”, finaliza Malluh. 

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