Marcello Dinis mostra seu ‘Esperanto Banto’ no Sesc Palladium, em BH

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
04/06/2014 às 09:07.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:52

(cristiano quintino/divulgação)

Marcello Dinis confessa: o CD que lança nesta quinta-feira (5) na capital mineira teria outro nome. “No entanto, após a participação do Milton Nascimento na música ‘Esperanto Banto’, todos os envolvidos na produção se entreolharam, como dizendo: ‘essa é a música título, está nela o espírito do CD, o conteúdo mais profundo e universal de todas as ideias’. Foi como uma migração, ninguém mais teve dúvida”, relata.

“Esperanto Banto”, portanto, será submetido à apreciação do público, em show, nesta quinta (5), no Teatro de Bolso Júlio Mackenzie do Sesc Palladium. Participam do espetáculo Júlio Fortuna (violões) e Dinho Mourão (bateria). Os cenários são projeções de gravuras e telas de Guido Bolleti, italiano radicado em Tiradentes.

Batido o martelo quanto ao título, veio a procura de uma capa com o sentido e o sentimento do “Esperanto Banto”. “Depois de algum tempo, através do Tavinho Bretas (que produziu a arte), encontramos a foto de Miguel Aun”.

Milton, além de ídolo, é um amigo antigo de Marcello Dinis, assim como ‘o povo de Três Pontas’, cidade que o artista frequenta desde os anos 80, “e onde fui acolhido e tratado como filho da terra”. “Ele (Milton) é uma pessoa maravilhosa, de uma generosidade dos grandes, dos nobres. Ouviu a musica antes e já chegou no estúdio com ‘seu arranjo’ pronto e escrito para gravar”. 

No dia, Milton chamou Marcello e perguntou: “Olha se você concorda com a minha ideia”. E foi cantando a primeira parte. “E ele cantando, ninguém dá uma palavra, é impressionante. Claro que concordei com o ‘arranjo vocal dele’ (quem no mundo haveria de discordar?)”, brinca Dinis.

“Fomos juntos para dentro do aquário, ele colocou sua voz rapidinho, fizemos juntos o coro... E essa cena ficou para a eternidade”, narra Marcello.

O restante do repertório, foi pinçado entre as músicas de sua lavra que Marcello julgava serem as melhores. “Foi um trabalho complicado, fiz show para testar, pedi opiniões, mas segui basicamente meu instinto, pois, no curso da vida dessas musicas, trabalhei com variadas parcerias. São de épocas distintas, mas algumas aconteceram durante uma fase muito produtiva”, confidencia. 

O show segue o repertório do CD. “É a exata repetição sem os convidados, inclusive a ordem. Ao longo dos dois anos de inicio e finalização dos trabalhos, achamos que a ordem foi um acerto e decidimos segui-la nos shows”.

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