Marcelo Jeneci aposta na influência do rock progressivo em "De Graça"

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
Publicado em 28/10/2013 às 09:23.Atualizado em 20/11/2021 às 13:42.

Marcelo Jeneci faz questão de deixar claro: seu recém-lançado segundo disco, "De Graça" (Slap/Natura Musical), não é um trabalho sobre separação, como boa parte da imprensa tem relatado.

"É um disco que fala sobre a troca, a vida, o fato de ter vivido uma história de amor e o fato de não vivê-la mais, o que também pode ser muito lindo. É bacana dividir com os outros o que vivi", afirma o músico, contando que enquanto seu primeiro disco, "Feito pra Acabar", foi desenvolvido durante o auge de um relacionamento, "De Graça" é posterior ao término.

Por terem sido realizados em momentos bem distintos da vida de Jeneci, os discos ficaram bem diferentes – tanto na sonoridade, quanto nos temas tratados.

Em "De Graça", ele mantém a visão otimista tão marcante do debute fonográfico – dessa vez, tudo gira em torno da frase "o melhor da vida é de graça" –, mas há espaço para uma reflexão sobre a dor, os percalços e as adversidades. "Não é preciso dramatizar o drama", diz.

Diferente

O produtor (Kassin) e alguns músicos são os mesmos de "Feito pra Acabar", mas a sonoridade agora ficou bem diferente. Enquanto lá no início, as referências eram a música pop e a tradição romântica brasileira, hoje Jeneci foi beber das fontes do rock progressivo e psicodélico, além da música barroca.

No novo disco, o teclado vai para a linha de frente e instrumentos mais comuns na linguagem sinfônica são incorporados. Parte dos arranjos foram de Eumir Deodato.

"O disco nasceu de uma somatória de fatores. Veio da experiência da turnê do primeiro trabalho e da intenção de fazer uma música mais pulsante, mais roqueira. Queria uma música mais psicodélica, uma viagem lisérgica, em contraste com as melodias passionais do ‘Feito pra Acabar", explica Jeneci.

A intenção de ter uma obra romântica e positiva se tornou uma marca de Jeneci, que divide opiniões no universo do rock. A ele só incomoda a avaliação equivocada. "Às vezes sou mal interpretado. Já vi me rotularem como artificial e feliz. Mas é um trabalho intenso", diz o artista, que se apresenta no Sesc Palladium no dia 15 de novembro.

Ouça "De Graça" em MarceloJeneci.com.br

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por