É neste sábado (22), o primeiro dia da primavera, que Beto Guedes (autor de uma das mais conhecidas odes à estação, “Sol de Primavera”) faz seu retorno aos palcos de Belo Horizonte, com show no Palácio das Artes. Quem faz a ligação entre as datas é o compositor mineiro Marcus Viana, que se junta ao músico na apresentação. 

A companhia, porém, se configura de uma forma diferente. A parceria entre eles, que já foram companheiros de estrada acontece em um momento específico da apresentação. “Faço com o Sagrado Coração da Terra a primeira parte do show, passando por grandes sucessos de trilhas sonoras minhas para a televisão”, explica Marcus Viana. Após o show do compositor, quem entre em cena é Beto Guedes, que durante a apresentação recebe a presença de Viana. “É como se fosse um encontro de velhos amigos”, adianta o músico. 

Ideia do produtor Jackson Martins, Viana destaca a importância da empreitada para a capital. “É muito bom para a cidade, porque Belo Horizonte não vê o Beto Guedes há muito tempo e essa é uma oportunidade que não se tem todo dia”, afirma. Não que faltem motivos que justifiquem a importância da apresentação, mas o compositor faz questão de ressaltá-los. “O Beto faz parte do que Minas Gerais tem de melhor, que é a música do Clube da Esquina, de onde ele é um dos grandes destaques”, pontua o músico, que elogia: “Eu o considero um dos maiores músicos mineiros”. 

Parceiro de Beto no início de sua carreira, Viana relembra sua longa trajetória acompanhado do mestre. “Ele foi uma pessoa que representou uma fase muito grande na minha vida, foi um divisor de águas para mim. Com ele eu corri o Brasil. Ele era um nome que enchia estádios pelo país, as pessoas o amam de paixão”, diz. “Para mim é uma grande honra me apresentar com ele. Antes eu era músico de sua banda e agora divido palco com ele”, celebra. 

Repertório 

Viana ressalta ainda o repertório das apresentações, que são parte inegável do imaginário do público, já que reúnem temas de grandes novelas que conquistaram o país como “Pantanal”, “Xica da Silva”, “Terra Nostra”, “Ana Raio e Zé Trovão”, “Chiquinha Gonzaga”, e outras que ultrapassaram fronteiras como “O Clone”. “Participei das maiores novelas do Brasil. ‘Pantanal’ foi um divisor de águas, porque ela comoveu com a força da imagem e da música, em cenas que às vezes não tinham roteiro”, conta o músico, que credita à televisão o papel de grande impulsionadora de sua carreira. “Dei muita sorte, imagina um cara de Minas Gerais...Eu tocava com o Milton, com o Beto Guedes, mas eu não era conhecido ainda. A TV fez isso por mim”.

Seguindo uma linha parecida, Beto também mergulha em seus grandes sucessos, alguns que também marcaram a dramaturgia, como “Maria Solidária”, tema da novela “Coração de Estudante”. Além dela, entram no repertóri[TEXTO]o outras canções que marcaram sua carreira como “Amor de Índio”, “Sal da Terra”, Feira Moderna”, “Vevecos Panelas e Canelas”.

Marcus Viana e Beto Guedes se encontram neste sábado (22), às 21h, no palco do Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537 – Centro). Ingressos: R$ 55 a R$ 130