Meia Alex, ex-Cruzeiro, é tema de documentário

Paulo Henrique Silva
24/10/2019 às 17:44.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:23
 (MORO FILMES/DIVULGAÇÃO)

(MORO FILMES/DIVULGAÇÃO)

Não há dúvidas sobre o talento com a bola do meia Alex, ídolo do Cruzeiro, onde capitaneou a conquista da Tríplice Coroa (Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro) em 2003. Mas há um mistério: o que faz dele ainda um nome tão reverenciado num país fechado como a Turquia, mesmo sete anos após ter deixado o Fenerbahçe? A pergunta serviu de centelha para a produção do documentário “Alex Câmera 10”, estreia de hoje ( 24) no Belas Artes. “Além dos muitos lances geniais, a razão está na forma como ele sempre respeitou a tradição local, fazendo amizades e frequentando ambientes turcos”, observa Adriano Rattmann, jornalista esportivo e roteirista do filme. MORO FILMES/DIVULGAÇÃO / N/A

Produção de Adriano Rattmann acompanhou os últimos dois anos do camisa 10 no Coritiba, em 2013 e 2014 Rattmann cita o dia em que Alex e equipe chegaram à Turquia para filmar algumas cenas e foram recebidos por mais de três mil pessoas no aeroporto de Istambul. “Quando estive em Istambul, em 2009, já tinha presenciado a idolatria daquele povo por Alex. Bastava pisar na Turquia e falar em Brasil que logo citavam o nome dele. Esta imagem ficou forte na minha mente. Quando ele decidiu voltar ao futebol brasileiro, resolvi que estava na hora de mostrar esta reverência”. Rattman e o diretor Cauê Serur acompanharam Alex nos dois anos (2013 e 2014) que ele vestiu a camisa 10 do Coritiba, time paranaense que o revelou. “Viajamos o Brasil todo com ele, numa espécie de despedida dos estádios onde Alex atuou, como Mineirão e Maracanã”.  Fora de sérieEm Belo Horizonte, um dos entrevistados que lembram a passagem do meia pelo Cruzeiro é Dirceu Lopes. Diz que passou a ir ao estádio com frequência, após parar de jogar, apenas para ver o meia em ação. Gilberto Silva, Zinho, Zico, Neto, Djalminha e Cafu também atestam o jogador fora de série que Alex foi. “A maioria dos entrevistados entende que o diferencial de Alex estava no fato de ter um pensamento antecipado em relação aos outros, conseguindo colocar a bola com facilidade onde queria”, detalha Rattmann, que apresenta o filme amanhã, no Couto Pereira, em Curitiba, palco dos últimos momentos do jogador em campo. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por