Miguel Gontijo reinventa livros em nova mostra

Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia
06/11/2014 às 08:44.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:55

(André Brant)

A Biblioteca Central da Universidade Federal de Minas Gerais (av. Antônio Carlos, 6627, Pampulha) passa a abrigar, a partir de hoje, 33 livros que são verdadeiras obras de arte. Com assinatura de Miguel Gontijo, os exemplares compõem a mostra “Ressignificações (Livros, Homens, Bichos e Coisas)”.   A exposição, que pode ser visitada até o dia 15 de dezembro, é dividida em três vertentes que tratam do universo literário. Na primeira, o público tem acesso a nove livros: pinturas em forma de pergaminhos criados pelo próprio artista.   Na segunda, 24 volumes da enciclopédia britânica que ganharam interferências de Miguel.    “Com a popularização da internet, ter livros como esses em casa não era lá muito prático, eles estavam obsoletos. Procurei escolas que os aceitassem como doação, mas nenhuma quis recebê-los”, recorda.    “Como não tive coragem de queimá-los, pensei: ‘não seja por isso’. Foi quando decidi fazer intervenções em cada um deles”.   Cada um dos 24 exemplares ganhou uma intervenção distinta do artista, algumas com fogo, outras com rasuras. Por serem obras extremamente frágeis, o público não poderá manusear todos os livros expostos. “Mas dois exemplares poderão, sim, ser folheados”, garante o artista.   O terceiro momento da exposição reúne 15 telas. Pinturas que trazem desenhos pertinentes a gravuras e mapas imaginários. É como se o espectador fosse convidado a percorrer grandes explorações dos séculos 16 e 17, nos quais pode descobrir objetos raros.   São telas carregadas de surrealismo, nas quais pinceladas do fantástico e do real se misturam.   “Independentemente do suporte utilizado, as composições, ambientações e situações criadas pelas pinturas de Miguel Gontijo causam espanto: os visitantes se deparam com animais voadores, com parte de seus corpos constituídos de peças, de rodas de bicicleta, de máquinas, de nus em relevo colados nas telas e muitas outras combinações extravagantes, que causam deleite e encantamento em muitos outros”, assegura o curador da mostra, Paulo da Terra Caldeira.   Em tempo: a exposição de Miguel Gontijo ficará aberta ao público, para visitação, de segunda a sexta-feira, no horário das 7h30 às 22h.   Manuel Carvalho    Outra mostra instigante a ser vista em Belo Horizonte é “Empate”, do artista plástico Manuel Carvalho. O trabalho reúne pinturas em telas de grande proporção.   A mostra fica em cartaz por tempo indeterminado, na repaginada Galeria de Arte Mama/Cadela (rua Pouso Alegre, 2048, Santa Tereza). O espaço fica aberto das terças aos sábados, das 14 às 20h.

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