A vinda à capital mineira – nesta segunda-feira (24), para lançar, pelo projeto “Sempre um Papo”, seu mais recente livro, “Drible” – tem um sabor “pra” lá de especial para Sérgio Rodrigues. Mineiro (de Muriaé), ainda que radicado no Rio de Janeiro há um bom tempo, ele nunca havia lançado uma obra aqui. “Estou muito contente”, diz, resvalando sinceridade. O encontro com o público acontece às 19h30, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes.
“É sempre muito bom, prazeroso, encontrar leitores – e também leitores potenciais, que vão ali (a esse tipo de evento), nem te conhecem direito, mas, por vezes, a partir da conversa, vão procurar conhecer mais a sua obra”. Hoje em dia, diz ele, o contato pessoal se soma ao contato pela internet, “que facilitou muito, aproximou (leitores e escritores)”.
Sérgio conta que costuma trocar figurinhas com seus leitores por e-mail, por vezes também pelas rede sociais. “O isolamento de antigamente do escritor diminuiu em vários sentidos. Mas, claro, o encontro presencial é sempre mais caloroso”, diz, voltando ao motivo que o traz aqui.
E Sérgio ainda se sente um mineiro? “Me sinto sim, mineiro. Claro que a essa altura é tudo misturado, meu sotaque, por exemplo. Não há identificação em lugar nenhum, o ‘s’ é diferente, o pessoal do Rio sabe que não sou daqui, mas também não identifica que sou mineiro. Sai (de Minas) com 12 anos, é muito tempo. De certa forma, sou sempre estrangeiro, em qualquer lugar me sinto meio forasteiro, é um outro lado dessa moeda”. O que não deixa de ser interessante para quem escolheu a vereda da literatura. “Você tem que estar dentro (da cidade, do lugar no qual vive), mas manter o olhar de fora”, pontua.
Lançado no início de outubro, “Drible” (Companhia das Letras) tem obtido excelentes críticas desde o inicio. A obra está em sua terceira edição. “A essa altura, já rodaram oito mil exemplares, e continua vendendo bem. Em breve, a obra será lançada em três línguas: francês, espanhol e dinamarquês”. No caso da edição espanhola, a ideia é lançar antes da Copa.
Sempre um Papo – Nesta segunda-feira (24), 19h30, Sala Juvenal Dias (av. Afonso Pena, 1.537). Entrada franca.