
Percorrer extremos, jogando luz sobre a criação autoral brazuca de diferentes gêneros musicais. Essa éa linha-guia do festival Transborda, cuja sexta edição começa nesta terça (8) e vai até sexta-feira n’A Autêntica. O encerramento, acontece no sábado, no entorno do Museu de Arte da Pampulha. Voltado para a música independente, o evento traz nomes como Maurício Pereira (SP), Vivendo do Ócio (BA), Test (SP), Far From Alask (RN), Iara Rennó (SP), Duda Brack (RS) e Luneta Mágica (AM).
Mesmo com atrações nacionais de peso, o Transborda 2017 foca a produção local. Além do rimador Djonga, coqueluche do novo rap mineiro, estão no line-up: Pelos, Miêta, Carahter, Pequeno Céu, Young Lights e El Toro Fuerte. Segundo a produtoraCamila Cortielha, o festival sempre priorizou a diversidade de estilos, apesar de o rock e a música pesada estarem bem presentes nesta edição. “Além de termos um dia dedicado ao metal, com Carahter e Test, a programação deste ano ficou bem agressiva”, afirma. “Acho que isso é um reflexo do momento que estamos vivendo, há uma raiva motivando os artistas”.
Cortielha ressalta que, em tempos de dificuldades políticas e orçamentária, o fato de chegar à sexta edição (sendo a quarta consecutiva) é uma grande conquista do Transborda. “Estamos muito orgulhosos de fazer a programação com um quarto do orçamento que tivemos no ano passado”, assinala.
Em 2017, o Transborda faz mais uma vez a “dobradinha” com o Sonâncias, ciclo de bate-papos sobre a cadeia produtiva do mercado musical. “Reunimos um elenco interessantíssimo nos bate-papos. Quem puder participar vai conhecer um lado muito legal da música brasileira, para além dos artistas”, afirma, lembrando que as inscrições gratuitas para os bate-papos estão encerradas.
Programação
Quem abre a sexta edição do Transborda é o cantor e compositor paulistano Maurício Pereira, que também e participa do bate-papo sobre experiências, gestão de carreira e mercado. “Hoje, no Brasil, não bastar fazer música. Deve-se pensar em soluções sustentáveis para se viver dela”, afirma o artista, que faz show intimista com o guitarrista Tonho Penhasco. “É um show enxuto, com muita delicadeza e poesia”, diz.
Do outro extremo, o Carahter prepara, para quinta, um apresentação cheia de agressividade. “É incrível que o festival, que já está na agenda da cidade, tenha englobado o metal nessa programação. O metal realmente transborda em BH”, finaliza o vocalista Renato Rios Neto.
Serviço: 6º Transborda. De terça (8) a sexta-feira (11), a partir das 19h30, n’A Autêntica (rua Alagoas, 1.142, Funcionários). Ingressos a R$ 10. Encerramento no sábado (12), no MAP (av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585, a partir das 12h.Entrada franca. Veja a programação em: facebook.com/events/1234596406669477 .