Relegado nos últimos tempos ao look puro-conforto de ficar em casa, o moletom é o novo curinga do inverno 2013. O leque de apostas com a peça não dispensa seu uso em produções esportivas, tampouco em produções para o dia a dia.  A surpresa maior fica por conta da atuação da roupa esportiva em eventos sociais. “Moletons podem substituir tranquilamente os tricôs nos eventos casuais e chiques, deixando o look despojado e elegante!”, bate o martelo a consultora de imagem e estilo Flávia Quintella.   Famosas como Rihanna, Jessica Biel, Taylor Swift e Alexa Chung não dispensam o uso do casaco com saias, calças, shorts de alfaiataria ou por cima de vestidos. Combinado com peças de modelagem mais clássica, o moletom de inverno fica um luxo. O incensado look high low tem tarja de garantia quando ele entra em cena.    Desde que foi criado na década de 20, com o intuito de aquecer esportistas em substituição aos casacos de lã, o moletom prosseguiu na história do vestuário e fez as vezes de uniforme de universitários americanos nos anos 60. Da linha college, a roupa foi popularizada na década de 80 com a cor cinza-mescla usada pela dançarina Alexandra Owens (Jennifer Beals) no filme “Flashdance”.    A longa trajetória aportou com releitura minimalista de vários estilistas nos anos 90. Mas o design de outrora ganhou modelagem mais ajustada ao corpo e tempero lúdico com bordado de tigre na Kenzo. O look foi bastante copiado e deu início à febre dos modelitos desse inverno. “O que era para ser um ensaio dos anos 90 transformou-se em tendência para o inverno 2013 com extensão para o verão 2014”, sinaliza a estilista da Patachou, Érika Frade. A marca mineira, aliás, lançou um novo olhar sobre o moletom na coleção outono/inverno 2013. “Misturamos o novo moletom com a seda. O resultado ficou harmônico e sofisticado”, afirma Érika, que optou por trabalhar modelagens mais próximas do corpo em vestidos e peças de alfaiataria no moletom.    Truques de estilo   Para a consultora de imagem e estilo Flávia Quintella, moletons podem substituir tranquilamente os tricôs nos eventos casuais e chiques, deixando o look despojado e elegante ao mesmo tempo.   Só tome cuidado com o corte da peça. Segundo Flávia, esqueça os modelos largos e compridos que escondem o corpo. “O moletom deve ser mais ajustado, num molde mais slim, mas nada muito agarrado”, acrescenta a consultora.   A estilista da Patachou, Érika Frade, explica que o novo moletom tem fibras, que não só emprestam conforto, como conferem elasticidade e modelam o corpo, acompanhando as curvas.   Estampas de flores, desenhos divertidos e textura em tecidos inovadores diferenciam o moletom de inverno.   Trajetória de sucesso   Quando começou a ser fabricado, na década de 20, o moletom era usado para fins esportivos. A peça foi utilizada para substituir os casacos de lã, uma vez que conseguia reter melhor o suor.    Logo, os casacos fabricados em moletom se popularizaram entre os jogadores de futebol, sendo rapidamente copiados por esportistas do beisebol.   Na década de 60, houve o boom de camisetas e moletons dentro das universidades dos Estados Unidos. Com a ascensão da cultura do hip-hop nos anos 70, o moletom com capuz, também conhecido por hoodie, começa a se popularizar. A peça ganhou as ruas com skatistas, surfistas e rappers. Já nos anos 80, o traje cinza mescla adquiriu fama no filme “Flashdance”.

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