Mumia exibe 200 filmes em dez espaços diferentes da capital

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
02/12/2014 às 08:18.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:14
 (mumia/divulgação)

(mumia/divulgação)

Defender o planeta ou se casar com Lois Lane? Tal como em “Superman”, essa poderia ser a indecisão vivida por Sávio Leite, que, ultimamente, meio que se firmou como um “herói” da cena da animação independente, à frente da Mostra Udigrudi Mundial de Animação (Mumia). Mas em sua 12º edição, que tem início nesta terça-feira (2), em nada menos do que dez espaços da cidade, o organizador tem a comemorar o potencial crescimento de público do festival.

É que a parceria com o Espaço do Conhecimento da UFMG e o Museu Mineiro, que pertencem ao Circuito Cultural da Praça da Liberdade, proporcionará o acesso de espectadores menos iniciados ao mundo da animação, àqueles que, segundo Sávio, ainda acham que desenho é coisa de criança. “Como serão projetados nas fachadas dos prédios, atingiremos transeuntes que jamais iriam a uma sala fechada para esse fim”, assinala.

Ele admite que essa abertura não é uma grande preocupação, por ir um pouco contra o que está no título na mostra: “A premissa principal do underground é nunca atingir o mainstream”, observa. O que explica o fato de o Mumia ser feito mais na “guerrilha” e não contar com verbas poupadas das iniciativas privada e estatal que outros festivais usufruem.

E uma das razões para homenagear Otto Guerra nessa edição é porque o cineasta gaúcho – de filmes como “Rocky & Hudson – Os Caubóis Gays” e “Wood & Stock: sexo, orégano e rock’n’roll” – representa o “espírito” da mostra. “O Otto sempre driblou a falta de grana com persistência e criatividade”, sintetiza Sávio, um dos principais realizadores de Minas Gerais.

Além de um público novo nos espaços que exibirão filmes nas fachadas, Sávio também percebe um interesse maior nas oficinas, que, segundo ele, preencheram todas as vagas. Nesse caso, porém, não se trata de mera curiosidade. “Escolhemos oficineiros que estão na linha de frente da animação do país, como Fábio Yamaji e Quiá Rodrigues, aquele que faz os bonequinhos de esporte da Rede Globo”.
 

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