Museus: ambiente estimula o envolvimento com cultura

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
Publicado em 03/01/2015 às 11:26.Atualizado em 18/11/2021 às 05:33.
Como o personagem de Ben Stiller em “Uma Noite no Museu 3”, o trabalho dos seguranças de museus de verdade não se resume a proibir os visitantes de tocarem nas obras ou de impedir algum furto. Todos concordam que o envolvimento e o interesse pela cultura é uma das partes mais gratificantes dessa experiência.
 
Jorge Luiz Vespasiano é conhecido como “Poeta”, não sendo raras as vezes em que, inspirado por algum fato inusitado no museu, ele tira um papel do bolso para escrever poesias. “É sempre assim quando vejo que algo me incomoda, no sentido de querer escrever”, sublinha o porteiro de 27 anos.
 
Do alto de seus 60 anos, Antônio Carlos Ferreira diz que trabalhar no museu representa um aprendizado diário. “Apesar de ter sido bancário boa parte de minha vida, também estava voltado para a cultura”, registra. Ao que seus ouvidos apreendem daquilo que os monitores ensinam, ele sempre acrescenta um dedinho de invenção.
 
Diante de um quadro intitulado “A Má Notícia”, de Belmiro de Almeida, pintado em 1897, Antônio geralmente provoca os risos dos estudantes ao explicar que a tal informação ruim, em que se mostra uma mulher segurando uma carta, é um “fora” recebido do namorado.
 
Welington Ferreira, de 51 anos, trabalhava em restaurante antes de virar segurança do CCBB e do Museu Mineiro. Confessa que essa mudança de ares despertou-lhe o interesse pela cultura. “Passei a entender que, além das obras barrocas, mais antigas, existem as contemporâneas, como as que são exibidas no CCBB. Hoje, posso dizer que vivo a arte”.
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