'Não se limitar, essa é a ideia’, diz pianista brasiliense Jairo Thiersch

Vanessa Perroni
vperroni@hojeemdia.com.br
22/12/2015 às 07:07.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:25
 (Brunno Covello/Divulgação)

(Brunno Covello/Divulgação)

Sair da zona de conforto e romper os limites da música clássica. Essa é a receita do pianista brasiliense (radicado em BH) Jairo Batista Thiersch, 34 anos, para ampliar o olhar e se manter no mercado de trabalho. De malas prontas para Porto Alegre, onde vai cursar o mestrado em “Práticas interpretativas”, a partir do próximo ano, o pianista se arrisca em novos projetos.

Formado na Escola de Música da UEMG, Jairo é fã dos clássicos de Mozart e Ravel, mas flerta também com repertórios menos conhecidos e um tanto curiosos. “Faço concertos com trilhas de videogame”, conta o rapaz, que já se apresentou com a Orquestra Multiplayer. “São arranjos próprios para músicas de jogos e animações. São concertos bem lúdicos”, ressalta.

A apresentação relembra temas como “Super Mario World”, “Tomb Rider”, “Bomberman”, “Castelvania”, “Pokémon” e “Legend of Zelda”. Além disso, cenas de games são projetadas durante o concerto. “Temos que abrir o leque de possibilidades. Não se limitar é a ideia”, afirma.

A paixão pelo piano vem desde a infância, mas foi apenas aos 17 anos que Jairo conseguiu realizar seu sonho. “Não tínhamos uma condição financeira favorável. Portanto, só ganhei um piano quando meu pai aposentou”, conta ele, que desde então batalha para realizar tudo que sempre desejou. “Aprendi muito rápido, porque queria compensar o tempo perdido, no qual fiquei só sonhando”, afirma ele, que tem trabalho o ano todo. “O mercado é grande. Depende de o músico abrir os poros, e ir além dos trabalhos de concertista”.

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