Na terra da velocidade - Speedways de costa a costa

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
17/07/2013 às 07:18.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:07

O automóvel faz parte da cultura norte-americana. Lá o carro se tornou objeto de consumo e redefiniu a lógica da produção industrial. O culto dos ianques pelas quatro rodas é tão intenso que, no país, há centenas de pistas de corridas das mais variadas categorias. Há traçados de terra e autódromos gigantescos, lá chamados de superspeedways.

Preparamos um roteiro para os aficionado pelo esporte a motor, para o mês de outubro, quando vamos cruzar o país e assistir quatro das principais categorias dos EUA. Então, chame os melhores amigos e caia na estrada!

Para acompanhar o calendário de provas de outubro, quando as categorias estão perto de decidir suas temporadas, a primeira parada é na pequena Alton, no Estado da Virgínia. No entanto, para chegar até lá é preciso enfrentar um voo de 22 horas (a passagem individual sai por R$ 1.900), partindo de Belo Horizonte, no dia 1º, com conexões em Guarulhos, Atlanta e desembarque em Richmond, já no dia 2.

Como o primeiro compromisso é apenas no dia 5, quando será disputada o Oak Tree Grand Prix, pela American Le Mans Series (ALMS), o recomendável é passar a noite em Richmond.

Aclimatando

E para aproveitar o dia e ir se aclimatando, a sugestão é visitar o Richmond International Speedway. O oval de pouco mais de 1.200 metros recebe as 400 Milhas da Sprint Cup, categoria máxima da Nascar.

Em uma viagem que se propõe a perseguir as competições a motor de costa a costa, é preciso tada a prova, é bom ter um bom carro. Se a viagem for feita em casal, dá para apostar em um modelo esportivo. A Avis oferece o Ford Mustang no período de 2 a 30 de outubro, por US$ 2.628 (R$ 6 mil). Uma opção mais em conta seria o Chevrolet Cruze, por US$ 500 (R$ 1.140).

Bonde

Mas se a turma for maior, o ideal é um van. Nesse caso a melhor opção é o Dodge Caravan, com sete lugares, da Hertz. O preço para o mesmo período é de US$ 1.280 (R$ 2.920) e, além da vantagem do rateio do custo do aluguel, há mais motoristas para dividir o volante.

Vale lembrar que os preços incluem a entrega dos automóveis em Las Vegas, última etapa da viagem. O custo médio de combustível gira em torno de US$ 500 (R$ 1.140), para rodar mais de 4 mil quilômetros.

Para pernoitar, o melhor a se fazer é ficar em um hotel de baixo custo. Há opções que partem de US$ 105 a diária e o Days Inn Richmond, fica na Interestadual 95, rota para Alton.

Na manhã seguinte é hora de partir e acompanhar os preparativos e a classificação para a prova. Para se hospedar, a melhor opção é em Danville, próxima do autódromo. As opções mais baratas partem de US$ 40 (R$ 90) a diária.

 

O Charlotte International Speedway  tem 1,2 quilômetro de extensão e, durante a Sprint Cup, chega a receber 167 mil espectadores (Foto: Nascar/Divulgação)

 

Charlotte: a Meca da velocidade

Ao contrário da Fórmula 1, que tem ingressos a peso de ouro e obriga seus espectadores a enfrentarem filas gigantescas no sol para comprar um copo d’água entregue por Midas, assistir a uma prova da Nascar é um programa popular, nos Estados Unidos. E se acompanhar a American Le Mans Series, como se estivesse em um piquenique, já é divertido, imagine em uma tradicional speedway.
A segunda etapa da aventura é na cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, a Meca norte-americana da velocidade. A festa acontece no dia 12 de outubro, no lendário Charlotte Motor Speedway, um dos mais emblemáticos autódromos dos Estados Unidos, onde acontecem as 500 Milhas de Charlotte, da Sprint Cup.

Nelsinho

É uma oportunidade de ver de perto nomes como Jeff Gordon, Dale Earnhardt Jr., Greg Biffle, Jimmie Johnson, Kyle Bush e a gatíssima Danica Patrick, além do folclórico Juan Pablo Montoya. O melhor de tudo é que, na sexta-feira que antecede a prova principal, acontecem as 300 Milhas das Nationwide Series, a categoria intermediária, em que Nelsinho Piquet corre.
Como o autódromo está a 225 quilômetros de Alton, dá para fazer a viagem sossegado e ainda conhecer as atrações locais. Os ingressos partem de US$ 25 (R$ 57) e podem chegar a US$ 200 (R$ 456).

Antes dos motores roncarem

Chegar em Charlotte é moleza e o trajeto, partindo de Alton, não dura mais que três horas, seguindo pela rodovia 85. Com quase uma semana por conta, o melhor a fazer é aproveitar o que a cidade tem a oferecer. Mas antes é preciso se hospedar e as opções mais baratas partem de US$ 70 (R$ 160).

O Greenleafe Inn é uma das melhores opções de baixo custo, mas, se o limite do cartão de crédito não for problema, o The Ballantyne Hotel and Lodge é o melhor que se pode experimentar por lá. A diária não sai por menos de US$ 620 (R$ 1.400).

Para visitar, antes das provas, as melhores opções são o Parque Nacional Whitewater Center, assim com o museu Discovery Place. Mas não deixe de visitar o Hendrick Motorsports Complex, sede da equipe homônima, uma espécie de museu da Nascar. Também não deixe de participar das visitas guiadas no autódromo de Charlotte.
    
500 Milhas de Indianápolis, uma das provas mais tradicionais de automobilismo internacional (Foto: Indy Car/LAT USA/Divulgação

Cinco dias na mítica Rota 66 para chegar até Los Angeles


Depois de uma semana vivendo as emoções da Nascar em sua plenitude, é hora de encarar uma jornada de 4.130 quilômetros pela Interestadual 40, trecho que faz parte da mítica Route 66. Nessa etapa da viagem, o que vale é a cooperação entre os companheiros para um revezamento no volante. Pela 40, o negócio é dirigir pelo menos 800 quilômetros por dia e pernoitar em motéis da estrada.

O ideal é percorrer mil quilômetros, que podem ser feitos em 12 horas, com paradas regulares para esticar as pernas. Uma dica é experimentar, moderadamente, a gastronomia dos Estados do Tennessee, Arkansas, Oklahoma, Texas, Novo México, Arizona e Califórnia.

Nessa tocada, é possível chegar à Los Angeles faltando dois dias para as 500 Milhas de Fontana, prova que encerra a temporada da Fórmula Indy, em que o brasileiro Helinho Castroneves lidera a tabela e tem grandes chances de sagrar campeão pela primeira vez.

Aproveite um dos dias para fazer o tradicional city tour por LA, com direito a Rodeo Drive e Hollywood Boulevard, uma foto com o edifício da Capitol Records ao fundo e o que mais a imaginação mandar. Os ingressos custam de US$ 30 (R$ 68) a US$ 65 (R$ 148).

Las Vegas

No dia 20, é hora de tocar para Las Vegas a fim de assistir a penúltima etapa da NHRA, a categoria máxima da arrancada nos Estados Unidos. São pouco mais de 400 quilômetros, que podem ser vencidos em cinco horas.
Na terra dos cassinos, existem apenas duas leis: não gaste tudo que tem e respeite a máxima de que “o que acontece em Vegas, fica em Vegas”. Entre os dias 24 e 27 curta arrancadas insanas e, no dia 28, é hora de devolver o possante e retornar para casa cheio de histórias!

 

 
Conheça mais roteiros no caderno de Turismo da http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/login/93

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