No clima de folia, "Minas ao Luar" une seresta e batuque

Jaqueline da Mata - Do Hoje em Dia
07/02/2013 às 11:32.
Atualizado em 21/11/2021 às 00:48
 (Marcelo Prates)

(Marcelo Prates)

Em clima de carnaval, a primeira edição do ano do "Minas ao Luar", que acontece na sexta-feira (8), na Pampulha, promete marchinhas das décadas de 1920, 1930. Waldir Silva e seu conjunto apresentam músicas carnavalescas sem deixar de incluir a seresta, foco do projeto. O show terá presença da Velha Guarda da Portela. "Minas ao Luar" completa 19 anos de história com mais de dois milhões de espectadores e a produção de dois discos e um livro.

Não tem como falar do "Minas ao Luar" sem citar o consagrado cavaquinista Waldir Silva, presente desde a primeira edição do projeto realizada em Diamantina, em 1994. E ele lembra deste dia: "Foi em frente ao busto de Juscelino Kubitschek. Tocamos juntos com o tradicional coral Arte Miúda", relembra Silva.

Desde então o projeto já percorreu aproximadamente 200 cidades. Em 2012, passou a realizar duas apresentações por semana, em diferentes cidades mineiras, totalizando 60 apresentações no ano.

Para todas as idades

Ele se diz satisfeito com o resultado do "Minas ao Luar" que nasceu com a proposta de levar a seresta para o interior, com apresentações esporádicas na capital. Empolgado, Silva conta que o público é bastante diversificado tendo não somente os velhos amantes de serestas como famílias inteiras, jovens e crianças. "É ideia antiga associar seresta ao pessoal mais velho. Não é mais assim".

Aos 81 anos, o cavaquinista mantém o mesmo ritmo de quando começou. "A música é a minha vida. Estou sempre buscando o aperfeiçoamento. Respiro música o dia inteiro".

Fenômeno na vendagem de discos, extraoficialmente ele já passou a marca de seis milhões de cópias no Brasil e exterior. Ele não gosta de falar em números, diz apenas que tem 33 gravações oficiais, sendo 18 LPs e 15 CDs. Atrelado a gravadoras desde seu primeiro disco (há 15 anos está na Movieplay), ele revela que está preparando novo trabalho, para 2014, apenas com marchinhas carnavalescas. "Não adianta dizer que não; as pessoas nunca vão deixar de cantar ‘Mamãe Eu Quero’, ‘Alalaô, mas que Calor’, dentre outras. Isso é repassado de geração a geração".

A canção "Telegrama Musical" foi responsável por promover Silva no cenário da música brasileira. Mineiro de Bom Despacho, ganhou o primeiro cavaquinho aos 7 anos. Foi amor à primeira vista e ele não largou mais o instrumento. Aos 16 anos, fez concurso público e se tornou telegrafista pela Rede Mineira de Viação. Em 1948, pediu à empresa para ser transferido para BH, onde pode conciliar o trabalho com a música.


Serviço

Minas ao Luar especial de Carnaval - Sexta-feira (8), às 20 horas, na Praça Dino Barbieri (em frente à Igreja São Francisco de Assis – Pampulha). Entrada franca.

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