(Divulgação)
Dois filmes que aportaram nas locadoras – e no on demand – têm um denominador comum: o fato de mostrarem candidatos a cantores e suas histórias um tanto quanto delicadas. Difícil não se apaixonar pelo francês “A Família Bélier”, de Eric Lartigau, mas é igualmente comovente a história – real – de “Apenas Uma Chance”. No primeiro caso, temos Paula (Louane Emera), 16 anos, cuja vida reserva uma particularidade: é a única da família – completada pelos pais, Gigi (Karin Viard) e Rodolphe (François Damiens), e o irmão, Quentin – a ter os sentidos da fala e audição. Responde, pois, pela ligação dos seus com o mundo. Residindo em uma propriedade rural, os Bélier criam gado e comercializam queijos. Acontece que, nas aulas de canto da escola (nas quais Paula se inscreve por saber que o garoto que faz seu coração bater mais acelerado fez essa opção), o professor Thomasson (Eric Elmosnino) descobre que tem, à sua frente, uma verdadeira pepita... Problema é que, dando vazão à faceta cantora, Paula terá que, paulatinamente, se afastar de sua família... e deixar vago o posto de esteio. O que, claro, não é tarefa das mais fáceis... Descontada a atuação levemente exagerada de Viard, temos um filme cativante, valorizado ainda mais pela trilha que destaca as composições de Michel Sardou. Fatos Reais David Frankel assina o igualmente interessante “Apenas Uma Chance”, baseado na história real de Paul Potts, vencedor da 1ª edição do reality “Britain’s Got Talent” (2007). Temos, aqui, uma história de superação impactante. Desde criança, Paul (James Carden), acima do peso, sofreu bullying ao mesmo tempo em que chama a atenção pelo vozeirão que colocava a serviço da ópera. Por conta da perseguição dos colegas, sofre um acidente que lhe deixa uma falha nos dentes. Já adulto, trabalha em uma loja de telefonia e conhece a garota de seus sonhos em um site de relacionamentos – detalhe: ele se descreve como um Brad Pitt, ela, como Cameron Diaz... Mas, ok, rola a química, até que vai para Veneza, estudar canto de ópera. Mas, bem, fracassa na audição para Luciano Pavarotti, e, desiludido, desiste da profissão, ao menos momentaneamente. Já casado, sofre um outro baque que parece jogar uma pá de cal nas suas pretensões artísticas. Mas, claro, se usamos a palavra superação para falar da fita, é fácil deduzir que não, seu sonho ainda não acabou. E eis que surge o programa capitaneado por Simon Cowell – aliás, produtor do filme. Separou o seu lenço? Pois bem, alugue os dois.