(Divulgação)
No extinto “Eli Stone”, o ator Jonny Lee Miller deu vida a um personagem bem curioso. Era um advogado bem-sucedido, que descobriu ter um aneurisma inoperável. A doença lhe causava inúmeras – e hilárias – alucinações, muitas delas em pleno tribunal, com direito a performances musicais.
O que para muitos era loucura e que, para o próprio personagem, carecia de muita explicação, acabou se tornando uma “ferramenta” de Eli para resolver muitos casos. Ou seja, durante as tais alucinações, o jovem advogado sempre tinha um insight sobre o processo em voga e se dava bem.
As discussões filosóficas que permeavam os episódios, porém, parecem não ter agradado o público. A série, exibida aqui pela Sony, não passou da segunda temporada.
Recuperado da rejeição, o ótimo Jonny Lee Miller volta a encantar na pele de um astuto detetive. Muita gente torceu o nariz antes mesmo de a série estrear. Isso porque a proposta de “Elementary” é colocar Sherlock Holmes, o mais famoso personagem de Sir Arthur Conan Doyle, nas violentas ruas da Nova York, nos dias atuais. Outro ponto inicial de desaprovação foi o fato de o parceiro dele, Watson, ser uma mulher, interpretada por Lucy Liu.
Tem mais: o Sherlock da trama acabou de sair da reabilitação por causa do vício em drogas.
Narizes torcidos à parte, a série é ótima. Preocupado com o filho à solta em Nova York, o pai de Holmes contrata
Joan Watson (Liu), uma médica que desistiu da profissão, como acompanhante do rapaz para ajudá-lo nas primeiras seis semanas de transição entre a clínica e sua rotina comum. E assim a dupla se forma.
Sempre bem em cena, Miller consegue dar o tom de excentricidade e temperamento oscilante característicos do personagem de Doyle, sem espaço para exageros ou desvios. Liu consegue acompanhá-lo. A série já é uma das mais assistidas nos EUA.