Indicada ao Globo de Ouro e uma das apostas para o Oscar deste ano, a animação “Moana”, da Disney, em cartaz nos cinemas, a belo-horizontina Natalia Freitas.
Formada na Faculdade de Belas Artes da UFMG, a artista teve que passar por três meses de treinamento no estúdio da DisneyNatalia, que era a única mulher entre os brasileiros que trabalharam em “Moana”.
Na animação, a mineira trabalhou no departamento de “Look Development”, responsável por criar texturas e materiais que fazer!”, garante.
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projetos e dirigir o meu próprio curta-metragem”, comemora.
Sobre possíveis resistências para entrar em um mercado liderado por homens, ela é enfática: “Quando decidi que queria área”.
Entre as referências e inspirações para sua carreira, estão os desenhos da Disney, Pixar, Nickelodeon, Cartoon Network e supervisor de animação na Disney, e Leo Matsuda, primeiro brasileiro a dirigir um curta na Disney.
Natalia diz que guarda uma semelhança com a protagonista de “Moana” – que não é uma princesa e sim uma aventureira. “Saí trás para correr atrás de meus sonhos”.
Arquivo Pessoal Natalia nos estúdios Disney
Leia a crítica do flime:
Mercado brasileiro de animação está em franco crescimento
Natalia Freitas acredita que o mercado brasileiro de animação está crescendo. “Prova disso, são os longas-metragens e séries de TV que foram produzidos neste período”, considera.
Quem compartilha da opinião de Natalia é o diretor e um dos criadores do Anima Mundi – Festival Internacional de Animação garante, acrescentando que a animação é hoje uma das maneiras mais viáveis de fazer cinema nacional.
Segundo César, várias séries brasileiras são líderes de audiência não só no Brasil como no exterior. “Atualmente, no ar, a gente tem mais de 20 séries, e outras dezenas sendo produzidas”, relata.
“Irmão do Jorel”, “Gui e Estopa”, “Princesas do Mar”, “Peixonauta” – que ganha um longa-metragem este ano – e “Historietas Assombradas” são alguns títulos de séries brasileiras que ganharam o mundo.
Outro fato que voltou os holofotes para a produção brasileira foi a indicação do curta “O Menino e o Mundo”, de Alê Abreu, conquistas, como a do Alê. É fruto do que vem sendo cultivado nesses anos”, comenta Coelho.
Para ele, alguns dos gargalos da produção brasileira são a distribuição e a formação dos profissionais. “‘O Menino e o várias iniciativas sendo desenvolvidas, mas a maior parte da mão de obra ainda é autodidata”.