Os bastidores da Segunda Guerra no foco de Valente

Pedro Artur - Hoje em Dia
Publicado em 14/12/2014 às 10:04.Atualizado em 18/11/2021 às 05:22.
 (Divulgação)
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O drama de imigrantes japoneses, italianos e alemães no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial é o tema do novo livro de ficção do economista Paulo Valente. Autor de outras seis obras construídas a partir do tema, além de investidas na literatura infantojuvenil, como “O Leão, de Tanto Urrar Desanimou” , o escritor apresenta “Lealdade a si Próprio” (Rocco, R$ 24,50), que retrata com vigor – e pinceladas dramáticas – a entrada do Brasil no conflito mundial. 
 
A obra procura mostra bem o embate entre simpatizantes pró-Eixo (Alemanha, Itália e Japão) da era Vargas e pró-Aliados (Inglaterra, França, Estados Unidos e União Soviética). 
 
“O Brasil, naquela época, tinha 113 colônias alemãs espalhadas do Rio Grande do Sul até a Bahia. E em suas escolas só se falava alemão, os chamados ‘quistos’ (enclaves). O mesmo acontecia com os japoneses”, observa Paulo Valente, sobre o perfil das colônias de imigrantes. 
 
Em seu livro, ele narra, em forma de ficção, a ida de um neto que entra na Força Expedicionária Brasileira (FEB) e vai visitar a avó na Itália.
 
Estação clandestina
Em contrapartida, havia, segundo o autor, uma rede de espionagem do Eixo atuante no país. “Tinha um filho de um cônsul da Itália em São Paulo que criou, no Leblon uma estação clandestina para repassar a rota dos navios mercantes brasileiros”, explica.
 
Para além da pressão popular, por conta dos torpedeamentos dos navios (da marinha mercante brasileira) pelos alemães, o escritor diz que o que efetivamente pesou para o Brasil tomar posição ao lado dos Aliados foi, basicamente, a questão econômica e a modernização militar.
 
Foco de interesses
“Os norte-americanos ofereceram equipamentos militares, ajuda econômica, por meio de empréstimo e investimentos na cidade de Volta Redonda, onde situa-se a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)”. 
 
Mas o livro nasce do ímpeto de Paulo Valente, dos tempos em que frequentava os bancos escolares e também de trazer novos elementos desse período da história brasileira – que culminou com o envio de 25 mil homens, através da FEB, para a guerra na Itália.
 
Vale conferir, ao longo das 192 páginas, que seu ímpeto não foi em vão.
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