Os sabores e as cores da Bahia: Descubra os encantos de Salvador

Paulo Leonardo - Hoje em Dia
13/09/2015 às 08:30.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:44
 (Jota Freitas / Bahiatursa)

(Jota Freitas / Bahiatursa)

A Bahia de todos os dengos, cantos e encantos tem em Salvador o ponto de convergência de todas as modas, cores, sabores e jeitos.   Ex-sede administrativa do país nos tempos coloniais, Salvador conta atualmente com quase 3 milhões de habitantes (sem contar a região metropolitana, segundo o último Censo), que possuem uma natural vocação festeira e fazem dos grandes feriados (Natal, Reveillon e, claro, Carnaval) épocas muito especiais para atrair milhares de visitantes. Muitos outros até cruzam o Atlântico para ver, de perto, o que é que a Bahia e as baianas têm.   Além de um colar de belas praias, os grandes anfitriões da cidade são o Pelourinho, o Farol da Barra, o Mercado Modelo, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, a do Bonfim, e o Elevador Lacerda, que une as Cidades Alta e Baixa.   Salvador reúne todas as principais características da Bahia, numa espécie de caldeirão cultural de várias nações.   Verdadeiros tesouros do Brasil colonial estão na velha capital   Fundada em 1549, apoiada pela economia do açúcar, Salvador é tida como a primeira cidade do Brasil, e ainda hoje consegue manter-se jovem, mesmo sob o peso de 461 anos de história.   Todos esses anos resultaram em um mosaico de influências bem variado, inclusive religiosas. O sincretismo paira no ar, aquela mistura de catolicismo e religiões africanas, trazidas pelos escravos.   Monumentos, magia, crenças, religiões, misticismo, Pelourinho, Carnaval, baianas, acarajés e festa, muita festa – a capital Salvador merece e justifica a condição de um dos principais polos turísticos do Brasil.   E não é para menos, por tudo que oferece para seduzir o visitante – como o artesanato de madeira, couro, prata, latão, cobre, vime e palha oferecido aos turistas no Mercado Modelo.   Praia do Forte   Saindo de Salvador rumo norte, em direção à Costa do Sauípe, passa-se inevitavelmente pela Praia do Forte, em Mata de São João, um dos trechos mais bem preservados da Bahia.   Entre os passeios mais procurados na Praia do Forte, além da própria praia, estão a Reserva de Sapiranga, uma área de proteção ambiental de Mata Atlântica; o Projeto Tamar, mundialmente conhecido pela proteção das tartarugas marinhas; e o Projeto Baleia Jubarte.   Na Praia do Forte, um dos passeios mais procurados é ao Castelo Garcia D’Ávila, uma construção que começou a ser feita no século 16 e levou 70 anos para ser concluída – e da qual hoje só restam ruínas.   Garcia D’Ávila foi considerado, na época, o maior latifundiário do planeta, dominando uma área de 800 mil quilômetros quadrados, abrangendo de Salvador à ilha de Marajó, no Maranhão.   Além disso   A história do Brasil, obrigatoriamente, passa por Salvador, primeira capital do país. Data da época de sua fundação (1549), por exemplo, a igreja de N. Sra. da Conceição da Praia (1549/1765), que começou a ser erguida no ano de fundação da cidade, mas só recebeu o edifício definitivo no século XVIII. “Receber”, neste caso, não soa estranho. É porque a maior parte do prédio foi pré-fabricada em Portugal, e trazida ao Brasil desmontada, em 1736. A pintura ilusionista do teto, de 1772, é de José Joaquim da Rocha.   Há muita coisa bonita para se ver, sentir e fotografar em Salvador: o Convento do Carmo (1723); a Igreja de N. Sra. do Rosário dos Pretos (1704/1796); o Solar do Unhão (séc. XVII), com seu ótimo restaurante às margens do mar; as igrejas de N. Sra. da Penha, de Santo Antônio da Barra (1560), da Ordem Terceira do Carmo (1636), da Ordem Terceira de São Francisco (1702/1703), uma preciosidade, e a de Nosso Senhor do Bonfim (1745/1772); o belíssimo Mosteiro de São Bento (1581); a Praça Castro Alves; o conjunto arquitetônico da área histórica; a exibição dos grupos de percussão, como o mundialmente famoso Olodum, cujos ensaios atraem centenas de turistas; as baianas de saia branca rendada e turbante na cabeça, vendendo colares, acarajés e vatapás; o jogo dos mestres de capoeira; os meninos tocando berimbau.

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