(Arquivo Hoje em Dia)
Oscar Niemeyer será tema do “Biography” especial que o canal BIO exibe no próximo dia 15, sábado, às 19 horas. Sem dúvida, ele é o arquiteto brasileiro mais influente da arquitetura moderna desde a década de 1960. Seus trabalhos, referência até hoje, estão espalhados mundo afora. Aos 104 anos de idade, e até pouquíssimo tempo na ativa, Niemeyer, que morreu na noite da última quarta-feira, ganhou fama internacional pelo pioneirismo na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado. Ele se formou em arquitetura em 1934 e começou a trabalhar no escritório de Lúcio Costa. Um dos marcos de sua obra, e também de sua projeção internacional, é o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, construídos em 1943, em especial a polêmica igreja São Francisco de Assis, decorada com o moderno portal de Portinari. Em 1947, fez parte da equipe de arquitetos mundiais para desenvolver a sede das Nações Unidas, em Nova York, elaborado em conjunto com Le Corbusier. Nos anos 50 projetou o Parque do Ibirapuera e o Edifício Copan, em São Paulo e, na mesma década, escolhido por Juscelino Kubitschek, começou a projetar os edifícios da nova capital brasileira: o Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional, a Catedral de Brasília e o Palácio do Planalto, entre outros. Comunista, foi duramente perseguido durante a ditadura militar e, impossibilitado de trabalhar no Brasil, mudou-se para Paris em 1967. A partir daí, começou um novo período em sua trajetória ao desenvolver projetos para os mais diversos países, com destaque para a sede do Partido Comunista Francês. Com a abertura política, nos anos 1980, Oscar Niemeyer retornou ao país. Entre seus outros projetos destacados, estão o Memorial da América Latina, em São Paulo, e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói.