Padre Fábio de Melo lança livro em Belo Horizonte

Elemara Duarte - Hoje em Dia
Publicado em 19/05/2014 às 07:17.Atualizado em 18/11/2021 às 02:38.

Atenção! Esquema limitado para tirar senha de entrada no projeto “Sempre Um Papo”, hoje. O motivo é palestra de Fábio de Melo, um dos padres mais populares do Brasil. Ele vem a BH para lançar o livro “O Discípulo da Madrugada” (Editora Planeta, 184 páginas, R$ 29,90) sobre um religioso que muda sua vida ao se tornar amigo de Jesus.

Fábio de Melo nasceu em Formiga, Centro-Oeste de Minas e, além de padre, é cantor, compositor, professor universitário, intuitivo, galã e homem das multidões – seja na TV, seja na web, onde dezenas de suas palestras são postadas e milhões de vezes visualizadas, seja nos shows, ou mesmo, em disputados debates como o de hoje. E tudo isso, diz a orelha do novo livro que traz à capital mineira, é em nome da evangelização.

Mesmo com tantos atributos, o padre diz que precisa se administrar, considerando, inclusive, suas limitações. Sim, ele as tem! “Eu me reconcilio diariamente comigo mesmo. Preciso recolher tudo o que sou. Meus medos, minhas inseguranças, minhas possibilidades”, revela em conversa ao Hoje em Dia, cuja íntegra vem a seguir:

O que é mais sábio? Ter fé em si mesmo, já que somos parte de Deus? Ou ter fé em Deus, encarando-o como um ser à parte e que resolve tudo para nós?
Somos filhos de Deus. A regra humana segue para a vida espiritual. O bom pai é aquele que encoraja o filho a buscar o melhor caminho. É assim que vivo meu processo de fé. Só espero pelo impossível, clamo por ele, depois de ter esgotado todos os recursos que são possíveis.

Por que “aceitar Jesus” e mudar de vida são atitudes tão associadas às recompensas materiais? Eliminar a angústia, o medo e as culpas não seria cortar o mal pela raiz, algo mais profundo, em vez de resolver apenas a superficialidade dos problemas com o materialismo?
A Teologia da Prosperidade, essa que apregoa, “Seja fiel e Deus lhe recompensará”, é sempre perigosa. O mercantilismo religioso nos priva de conhecer a gratuidade, valor essencial à vida cristã. A lógica do merecimento é mais lógica, racional. Por isso gera tantos adeptos. O risco que é inerente a esse modelo de espiritualidade é a materialização da fé, das promessas divinas. É claro que Deus nos quer felizes, realizados, plenamente amparados com a dignidade que as conquistas materiais podem nos legar. Mas não podemos nos esquecer que a riqueza que realmente faz diferença em nossa vida é espiritual. Um caráter bem edificado diferencia e enriquece o ser humano.

Já se livrou de alguma “roubada” graças à intuição?
Sempre ouço minha intuição. Costumo dizer que ela é a voz por onde Deus me fala. Ela me salva sempre.

Um homem bonito como o senhor é, mas na sua profissão, que pressupõe a castidade, lhe traz mais problemas ou alegrias?
Eu me reconcilio diariamente comigo mesmo. Preciso recolher tudo o que sou. Meus medos, minhas inseguranças, minhas possibilidades. A castidade me limita, mas me possibilita muito mais. A aparência pode favorecer ou prejudicar. Depende do que escolho fazer com ela. Nisso precisa estar minha responsabilidade sacerdotal.

De vez em quando desaba no amor próprio?
Tenho meu amor próprio, claro. É a partir dele que amo as outras pessoas. É o ponto de partida, mas também de chegada. Desabar nele seria não ir a lugar nenhum, seria privar-me do segundo pilar que me sustenta como pessoa. Meu oficio não pode ser vivido com essa ruptura. Um padre egoísta? Seria muito contraditório.

“Sempre Um Papo” com Padre Fábio de Melo, hoje, às 19h30, no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537, Centro). A partir das 10h, no local, será distribuída apenas uma senha numerada por pessoa, mediante a doação de livros literários novos ou usados.

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