Talvez nem todo mundo conheça o nome de Péricles Cavalcanti, mas certamente já ouviu algumas de suas criações (como, por exemplo, “Negro Amor”). O compositor já foi gravado por Gal Costa, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Cássia Eller, Arrigo Barnabé, Fafá de Belém, Adriana Calcanhotto e outros tantos artistas famosos.
Chegou a hora de, finalmente, seu nome ser colocado em primeiro plano. A gravadora Joia Moderna lança, em breve, um álbum em sua homenagem.
Nesse trabalho, ainda sem nome, cantoras da nova geração foram convidadas a interpretar suas composições com total liberdade artística. A direção geral é de Thiago Marques Luiz, o mesmo do disco “Tributo a Luiz Gonzaga”, lançado este ano pela Lua Music. Tulipa Ruiz, Tiê, Anelis Assumpção, Nina Becker, Mallu Magalhães e Karina Buhr são alguns nomes presentes no projeto.
Diversidade
“O Zé Pedro (dono da gravadora) me ligou dizendo: pensei em fazer um disco com cantoras novas cantando você. Mas não quero que você participe do processo.’ Ele, então, chamou a minha filha, Nina Cavalcanti, para ser curadora do projeto”, conta Péricles Cavalcanti, que ficou feliz e surpreso com o resultado. “Ficou lindo, com muita diversidade. O disco tem 15 faixas de todas as épocas de minha carreira, dos anos 1970 aos anos 2000”.
O filho de Péricles, Leo Cavalcanti (elogiado músico que faz show em Belo Horizonte em novembro), também participa do projeto. O rapaz produziu uma a faixa “Ode Primitiva”, interpretada aqui por Bárbara Eugênia. “O Leo fez um arranjo incrível e essa é uma música especial, que gravei em meu primeiro disco e regravei em 1999”, diz o compositor.
Péricles Cavalcanti também voltará a trabalhar com cinema. Em breve, ele deve preparar seu segundo trabalho com trilha sonora para longa-metragem – o primeiro foi para “Quem É Bardi?”, de José Roberto Aguilar.