Paula Lima se rende ao samba em novo CD que será apresentado em BH

Pedro Artur
12/07/2014 às 08:51.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:21

(Divulgação)

O samba fisgou – de forma arrebatadora – a cantora Paula Lima. Não que ela não tivesse antes interpretado essa cadência brasileira em seus discos anteriores. Mas agora é diferente. Ela entrou de cabeça, alma e coração. Com esse espírito inquieto e instigante, a cantora vem trabalhando seu mais novo rebento: “Paula Lima – O Samba É do Bem”, já disponível nas lojas.
Presente em sua vida desde menina, nos churrascos familiares, o samba se converteu nos últimos anos em uma “intimação” das madrinhas e padrinhos do ritmo. Paula Lima conta que, primeiro, foi Dona Ivone Lara, em 2001, que insistiu para que ela se entregasse ao ritmo. Depois, Beth Carvalho e Arlindo Cruz. Aí ela não resistiu e sucumbiu à sua paixão. No entanto, ela se cobrava e achava que, para cantar samba, tinha que estar pronta em todos os sentidos.
“Conversando com a Beth disse que me sentia mais madura, buscando outra sonoridade, arranjo. Quero viver algo a mais, me sinto preparada como cantora, intérprete e mulher. Aí ela disse que sentia o mesmo, não era sambista, mas encontrou em sua vida Cartola e Candeia. E disse novamente para mim que os grandes poetas vão me alimentar. Depois, num show, com Babi e Arlindo Cruz, que vinha compondo para mim em dois discos, me chamaram no camarim e falaram: quero ouvir você cantando samba. Mais uma intimação”, brinca.

Inevitável
O próximo passo foi inevitável. Ir atrás de Leandro Sapucahy, encarregado da direção artística e produção do CD.   “Procurei o Leandro Sapucahy, pois queria fazer um disco metade balanço, metade samba. Ele disse então: ‘Paula já está na hora de fazer um disco inteirinho de samba’. Disse para ele que se o samba estava me propondo em casamento, e casamento é coisa séria, ia pensar nessa proposta e fiquei meses pesquisando. Voltei à minha essência, nasci ouvindo samba em família, muito Martinho da Vila, João Nogueira, Alcione, Beth Carvalho, Fundo de Quintal. Fui à roda de samba no Rio, ouvi Zeca Pagodinho e dei de cara com Xande de Pilares, Péricles, André Renato, encontrei com pessoas de minha geração. O coração bateu mais forte, nos outros discos tinha um samba ou outro, mas agora é paixão”, explica.     A escolha do repertório – 12 sambas, encabeçados pela faixa-título “O Samba É do Bem” (Serginho Meriti e Rodrigo Leite) – foi exclusivamente da cantora. “Queria também pessoas felizes, procurando prosperidade. Por exemplo, ‘Clareou’ (de Serginho Meriti e Rodrigo Leite) é uma letra muito linda. Muita gente na rede social me escreve e diz que ‘já acordei com minha oração, pois ouvi ‘Clareou’”, diz Paula Lima, que se derrama em elogios a todos que se envolveram neste projeto.
Lançado recentemente no mercado nacional, o disco começou sua carreira internacional no Japão, em setembro do ano passado.     Paula Lima desembarca em Belo Horizonte para apresentar o repertório do novo CD e sucessos de sua carreira, neste sábado (12), no Festival Savassi Cultural. “Vai ter homenagens a muito bamba e rainha do samba, como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Fundo de Quintal, Jovelina Pérola Negra”, promete.

O Festival Savassi Cultural acontece na Praça da Savassi, das 12 às 22h. O ingresso deve ser trocado antecipadamente por 2kg de alimentos não perecíveis, na rua Pernambuco, 1296. Neste domingo (13), é a vez de Wilson Sideral e da Bateria GRES Acadêmicos do Salgueiro se apresentarem.

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