Pianista Richard Clayderman exibe seus temas românticos no Palácio das Artes

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
15/08/2016 às 18:57.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:23
 (Divulgação)

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Nas décadas de 70 e 80, Richard Clayderman era um campeão de vendas em vinis. O francês raramente precisava abrir a boca ou participar de ações de marketing: basicamente usava seus dedos, à frente de um piano, tocando grandes temas românticos.

Atração do próximo dia 26 no Palácio das Artes, o “Príncipe do Romance”, como certa vez Nancy Reagan (esposa do presidente americano Ronald Reagan) o intitulou, Clayderman aposta no amor como forma de resistência a tempos de downloads e realidade virtual.

“Ainda que estejamos em um mundo de telefones inteligentes, todos os tipos de tecnologias, Google e blá blá blá, o amor sobrevive... Somente as belas melodias de amor sobrevivem. Os homens precisam de amor e os temas de amor permanecerão para sempre”, registra o pianista ao Hoje em Dia.

Segundo ele, essa necessidade explica, em parte, por que ainda lhe dão a oportunidade de realizar shows em países tão diferentes. No palco, ele garante que o prazer é o mesmo de 40 anos atrás, quando chegou a fazer cerca de 200 concertos pelo mundo.

“Honestamente, eu não poderia imaginar, quando eu comecei a minha carreira, que agora, com mais de 60 anos, ainda teria prazer de estar nesse lugar. Sou mais realizado no palco hoje do que era há 30 anos”, observa Richard, que trará a BH o espetáculo “Pour Toi, With Love!”.

O concerto, que contará com arranjos próprios para temas marcantes do cinema e clássicos do erudito, como “Spartacus Aagio” e “Nessum Dorma”, será um bom medidor para a popularidade do pianista no Brasil.

Medidor

A última vez que ele gravou um álbum foi em 2012. O álbum “Romântico”, lançado pela Decca/Universal, teve boa acolhida em alguns países. Mas no Brasil a recepção foi bastante fria. “Lamento isso profundamente”, salienta.

Ele se apresentou por aqui em 1999, 2008 e 2014, Guarda boas lembranças, em especial, do Rio de Janeiro. “Durante anos, o Brasil tem sido um líder no campo da música. A bossa nova conquistou o mundo e conquistou meu coração. Samba será a marca do Brasil para sempre, assim como o champanhe será sempre associado com a França”, assinala.

Aliás, Clayderman gravou várias músicas brasileiras famosas, adaptadas para o piano. “Gravei também adaptações de músicas japonesas, chinesas, australianas, mexicanas, italianas, canções alemãs... E todas essas gravações têm sido uma descoberta e uma grande experiência para mim”, afiança.

Serviço:
, no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537), dia 26 de agosto, sexta-feira, às 21h. Plateia I: R$ 220 e R$ 110 (meia); Plateia II: R$ 200 e R$ 100 (meia); Superior: R$ 140 e R$ 70 (meia). Vendas: na bilheteria do teatro e pelo site ingresso.com.

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