Planeta Brasil traz o melhor da música dos anos 90 para a Esplanada do Mineirão

Frank Martins - Hoje em Dia
22/03/2014 às 22:01.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:47

(Samuel Costa)

Uma ode aos anos 90. Assim foi o clima do festival Planeta Brasil 2014. Realizado na Esplanada do Mineirão, o evento levou 20 mil pessoas de várias gerações para ouvir músicos e bandas que dominaram as paradas musicais na década de 90.   Bandanas na cabeça e óculos escuros estilo Ray-Ban eram quase que acessórios obrigatórios entre os fãs da banda norte-americana que já foi considerada uma das mais perigosas do planeta devido aos constantes incidentes em que se envolvia.    Mas com a mesma voracidade que o Guns conseguia causar problemas por onde passava, a banda também unia casais. Prova disso é a família do casal Nem e Rodrigo. Os dois tinham o hit 'Sweet Child o Mine' como tema de namoro. O tempo passou, eles casaram e tiveram o primeiro filho Lohan. Mexendo um dia nos cd's do pai quando era criança, o garoto ficou impressionado com uma capa que tinha cinco caveiras em um crucifixo. Tratava-se do disco 'Appetite for Destruction'. O jovem gostou tanto do som que aprendeu a tocar violão e hoje já sabe cinco músicas do Guns, incluindo o tema dos pais.   Assim como o Guns n'Roses dos anos 90, os shows do festival também sofreram atrasos. No palco Planeta, onde se apresentaram Chula Rock Band, Black Sonora, Criolo e Natiruts, o atraso passava de uma hora. Para se ter ideia, o show do Guns começou enquanto a banda de reggae estava no palco. Fato que revoltou muitos fãs das duas bandas.   No palco principal, reservado para Raimundos, Frejat e Guns N' Roses, o atraso foi menor e ficou dentro da casa dos 30 minutos. Mas isso parecia não atrapalhar o ânimo do público.   Para os amigos, Felipe Márcio e Diego Marques, os atrasos são normais e fazem parte de festivais de música. Segundo os dois, com a estrutura montada pela organização, o público desloca tanto de um lado para o outro e acaba se entretendo no caminho. Diferente da maioria que foi para ouvir Axl e sua trupe, os dois estavam presentes para acompanhar os Raimundos.   "Os caras estão tocando muito e com trabalho novo. Quero ouvir as músicas antigas e cantar os clássicos. Raimundos é a maior banda de rock do Brasil!", afirma Márcio, que teve uma grata surpresa quando o grupo começou a tocar e ver que quem comandou as baquetas foi Fred, baterista da formação original.   Frejat com o seu rock melódico teve uma passagem relâmpago pelo palco principal. O músico tocou clássicos do Barão Vermelho e algumas baladas de composição própria. Mas o ponto alto foi uma homenagem à Cássia Eller com o hit "Malandragem", cantada em coro com a plateia do início ao fim.   A ocupação da Esplanada do Mineirão foi um dos pontos destacados pelo público. As estudantes Thaís Cordeiro e Renata Faber ressaltaram os amplos espaços dedicados à praça de alimentação e aos lounges de descanso. "Está tudo muito bom. Chegamos mais cedo e curtimos estes espaços para descansar entre um show e outro. Assim dá para curtir tudo do festival e virar a madrugada", disse eufórica Cordeiro.   Até os problemas tradicionais de grandes eventos como filas na entrada, para comprar fichas, pegar bebidas e ir ao banheiro foram minimizados com a disposição encontrada pela produção.   Um dos organizadores do evento, Henrique Chaves, destacou a heterogeneidade do festival. "Neste ano quisemos agregar o maior número de estilos musicais, já que tínhamos uma área muito grande que é a esplanada do Mineirão. Não posso falar muito da próxima edição porque ainda estou e vou viver a atual por um bom tempo, mas as chances são grandes do festival ser de dois dias no ano que vem", disse o produtor.
Atualizada às 8h40 de domingo (23)

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