Plataforma que aborda ancestralidade negra será lançada na segunda

Da Redação
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05/11/2021 às 16:38.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:11

(Leo Pinheiro / Divulgação)

Entra no ar nesta segunda-feira (8) a plataforma Ancestralidades, que traz um conjunto estruturado de informações sobre as heranças culturais do Brasil, iniciando pela temática afro-brasileira. Ela tem como proposta difundir, gerar intercâmbios e potencializar diversos conteúdos sobre a temática que dá nome ao projeto. É composto por três eixos temáticos – Arte e Cultura, Democracia e Direitos Humanos, e Ciência e Tecnologia –, que serão apresentados ao público em uma série de dois encontros sobre cada eixo.

Ao longo do mês de novembro, marcando o lançamento, será feita uma programação especial, que inclui encontros, apresentações musicais e lives sobre cinema negro. Ancestralidades tem um conselho formado pela escritora Ana Maria Gonçalves, a filósofa Sueli Carneiro e o músico Tiganá Santana, que conduzirão uma série de encontros denominados Bongola.

Por meio de navegação amigável, Ancestralidades disponibiliza para consultas verbetes sobre as raízes afro-brasileiras, acervo que será acrescido ao longo do tempo. Com a proposta de formar e criar repertórios sobre o assunto, apresenta biografias e trajetórias de personalidades negras e suas histórias, listagem dos marcos históricos desde o início do século XVI e conceitos sobre o tema, como raça, gênero, quilombo, afrofuturismo, entre outros, assim como espaços para cursos.

Uma equipe de pesquisadores multidisciplinar do Afro (Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial), do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), assina parte da produção dos verbetes da plataforma. Trata-se de um núcleo de pesquisa, formação e difusão da temática racial que colabora para qualificar o debate público e fortalecer a agenda de direitos humanos e da democracia, sobretudo em relação à justiça e à igualdade racial e de gênero. A produção do conteúdo conta, ainda, com verbetes de arte e cultura da Enciclopédia Itaú Cultural. A coordenação geral é realizada pela Fundação Tide Setubal e o Itaú Cultural.

A plataforma adota um conceito visual de circularidade, remetendo às marcas das expressões religiosas e culturais negras e afro-brasileiras no qual a roda, o giro e o círculo são partes importantes tanto estética quanto simbólica. Assim, a plataforma foi pensada de modo em que se pode ir do século XXI para trás, mas ao mesmo tempo aponta demandas e desafios do futuro. Propõe, portanto, o olhar do presente que resgata o passado e lança para os dias que ainda virão. Ao longo do ano, o espaço contará com novas narrativas emergentes sobre os três eixos, além de política, ambiente, sociedade, tecnologia, economia e legislação, com temas que mais sobressaírem nas redes e mídias e que emanam novas narrativas do presente para a questão negra.

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