Primatas estrelam comédias, terror e suspenses como 'Kong: A Ilha da Caveira', em cartaz nos cinemas

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
10/03/2017 às 18:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:41

Não chega a ser uma invasão, apesar de vários deles já terem dominado o planeta e escravizado a raça humana. Até por representarem uma parte da evolução de nossa espécie, os macacos despertaram a curiosidade dos roteiristas desde que as imagens começaram a ser projetadas numa tela grande, servindo à comédia, ao terror e ao suspense – caso do exemplar mais recente, “Kong: a Ilha da Caveira”, em cartaz nos cinemas.

O filme de Jordan Vogt-Roberts tem como protagonista um dos mais famosos primatas do cinema: King Kong, que apareceu pela primeira vez em 1933 e retornou em 1976 e 2005, sempre com os avanços dos efeitos especiais ditando uma revisão. Foi assim também com “Planeta dos Macacos”, apresentado em 1968, a partir de um livro do francês Pierre Boulle, sobre um futuro em que os humanos seriam subjugados pelos macacos, lançado cinco anos antes.

Tim Burton, cineasta de “Batman” e “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, deu o pontapé para uma nova investida, em 2001, que resultou em três continuações até agora – em 2011, 2014 e outra que chegará aos cinemas em julho, intitulada “Planeta dos Macacos: A Guerra”, com direção de Matt Reeves. 

No ano passado, a macacada esteve presente com “A Lenda de Tarzan”. Embora o Filho da Selva domine as cenas, há momentos marcantes da relação de Tarzan com gorilas que o adotaram. 

Os primeiros filmes com o herói que bate no peito e grita “Ôôôôô!!!”, antes de pular num cipó, começou sua carreira nos cinemas em 1918, quase sempre acompanhado de sua amiguinha Chita. 

Para quem gosta de comédia, há desde “Projeto Secreto: Macacos” (1987) até a versão nacional para “Planeta dos Macacos”, com os Trapalhões botando a terra dos primatas de cabeça para baixo, num filme que até há pouco tempo estava entre as 20 maiores bilheterias do cinema nacional. 

Após um surto de Ebola em 1995, os macacos ficaram vinculados também a doenças perigosas, como podemos ver em “Epidemia” e “Extermínio”.

Além disso

O primeiro primata a chamar a atenção na tela grande foi King Kong, criado especialmente para o filme de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, lançado em 1933. A ideia do longa sobre uma criatura imensa que mora numa ilha afastada e é tratada como deus pelos nativos nasceu após um gênero tomar forma naquela época, com aventuras passadas nas selvas, tendo um explorador como protagonista, que acaba se deparando com uma espécie de monstro.

A maior inspiração para o filme foi um documentário chamado “Ingagi”, de 1930, que mostrava o sacrifício de uma mulher por um gorila gigante. Mas quem realmente tornou possível a realização de “King Kong” foi Willis O’Brien, que anos antes havia criado os efeitos especiais de “O Mundo Perdido” e se valeu da técnica de stop-motion para fazer as cenas com a criatura – muitas delas aproveitadas de um filme inacabado sobre dinossauros, “Creation”.

Uma cena se tornou antológica e, mesmo quem não conhece o filme (ou mesmo as refilmagens de 1976 e 2005), já viu uma citação ao instante em que o gorila sobe no Empire State, em Nova York, e luta contra aviões que o metralham até cair.HOJE EM DIA

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