Primeiro FLI-BH terá escritores consagrados no parque municipal

Pedro Artur - Hoje em Dia
05/03/2015 às 08:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:14

(Divulgação)

O 1º Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI-BH), lançado na última quarta-feira (4), trará grandes nomes da literatura nacional e estrangeira à cidade, somando-se a outros festivais consagrados, como FIT, FIQ e FAN, todos promovidos pela Fundação Municipal de Cultura.

Os escritores brasileiros Milton Hatoum – que fará a conferência de abertura – Maria Esther Maciel e Eric Nepomuceno estão entre as presenças confirmadas, ao lado do mexicano Juan-Pablo Villalobos e do colombiano Santiago Gamboa, pertencentes à nova geração da literatura latino-americana. O evento acontece de 25 a 28 de junho. O palco principal é o teatro Francisco Nunes e o próprio Parque Municipal, que abriga a casa de espetáculos, além de espaços públicos espalhados pela cidade.

Na primeira edição do Fli-BH, a homenagem vai para o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), que publicou “Alguma Poesia” (1930), marco do modernismo, quando morava ainda em Belo Horizonte.

O mundo dos livros

O tema do evento será “Imagina o Mundo, Imagina a Cidade”. A partir dele, várias atividades serão desenvolvidas, incluindo mesas de debate, oficinas, exposições, saraus, performances, apresentações de teatro e sessões de cinema. Antes, em abril, haverá um aquecimento, em oficina com o ilustrador espanhol Javier Zabala.

O festival, oficialmente lançado na última quarta-feira (4), na Academia Mineira de Letras, terá como curadores os jornalistas e escritores Leida Reis (editora executiva do jornal Hoje em Dia), Afonso Borges (produtor do Sempre Um Papo e colunista do Hoje em Dia) e Beatriz Hernnanz, doutora em literatura e diretora do Instituto Cervantes.

Além da valorização da produção literária na capital, com participação de diversos autores locais, o festival literário tem também a preocupação da inclusão social, permitindo o acesso de pessoas das diversas camadas sociais da cidade ao mundo da literatura. Como lembrou o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Leônidas de Oliveira, serão realizadas atividades nos centros culturais e espaços da cidadania da PBH. “O festival será o coroamento dessa política que transformou Belo Horizonte na cidade que mais lê no país, segundo pesquisa feita ano passado”, diz. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) compareceu ao evento, também destacando a importância da cultura para Belo Horizonte.

 

 

Itinerários

Afonso Borges propõe um mapeamento dos itinerários dos escritores em Belo Horizonte. “Onde eles moravam, seus caminhos pela cidade”, sugere. O festival traz também o argentino Daniel Mordzinski – considerado o fotógrafo dos escritores – que, com Santiago Gamboa, criará retratos de escritores e suas cidades.

Para Leida Reis, com a iniciativa, a cidade preenche uma lacuna. “Belo Horizonte já é conhecida por festivais que colocam a cidade no cenário de ocupação do espaço urbano em favor da cultura. Mas faltava a literatura, com grandes escritores de décadas passadas e os de hoje; faltava esse festival para celebrar a literatura”, afirma.

Milton Hatoum dá seu recado sobre o FLI-BH: “Um festival literário é um importante evento cultural de uma cidade, pois permite e estimula o diálogo entre escritores e leitores. Recebi com alegria o convite para participar do primeiro FLI-BH. Alguns dos maiores prosadores, poetas e cronistas brasileiros são mineiros. E certamente dois dos maiores escritores de língua portuguesa são mineiros e universais: Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade”.

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