Produtor mineiro André Carreira comanda alguns dos grandes sucessos da telona

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
09/01/2018 às 17:14.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:40
 (CAMISA LISTRADA/DIVULGAÇÃO)

(CAMISA LISTRADA/DIVULGAÇÃO)

O sucesso do filme “Fala Sério, Mãe!” não deixa dúvidas: a troca de ares, substituindo Belo Horizonte por Rio de Janeiro, fez bem à produtora Camisa Listrada. Criada há quase duas décadas, investindo primeiramente em publicidade e filmes alternativos, a empresa comandada por André Carreira mudou o modelo de negócio, deixou BH como uma filial de suas atividades e hoje é uma das poucas do mercado brasileiro a lançar quatro longas-metragens por ano. “Fazer filmes com potencial de bilheteria nos dá sustentação, possibilitando estruturar uma equipe e nos tornando um nome forte no mercado”, observa Carreira, que começou a trabalhar em cinema há exatamente 20 anos, no filme “Amor & Cia”, de Helvécio Ratton.  Com Ingrid Guimarães e Larissa Manoela no elenco, “Fala Sério, Mãe!” alcançou 1,4 milhão de espectadores no último final de semana – crescimento de 27% em relação à semana anterior. O produtor de 42 anos espera ultrapassar o resultado de “O Candidato Honesto” (2014), com Leandro Hassum no papel-título, que levou 2,3 milhões de espectadores aos cinemas e marcou a estreia da Camisa Listrada no Rio. Depois veio “Um Suburbano Sortudo” (2016), que teve público de 1,1 milhão. Os dois são dirigidos por Roberto Santucci, que também assina “Os Farofeiros”, próximo filme da CL, com lançamento em 8 de março. Apesar desses números exitosos, Carreira não abandonou a cidade natal. Além de trabalhos já concluídos ou em fase de finalização, como um documentário focado no grupo de dança Corpo, “Por um Triz”, e uma série de TV sobre Inhotim, a filial passa a se chamar, a partir de agora, Camisa Listrada BH, em sociedade com Julia Nogueira. “Será uma empresa nova, que carregará todo o histórico e a marca da Camisa, com projetos voltados para Minas”. Entre os primeiros projetos da repaginada unidade mineira está “Maria Caritó”, com Lília Cabral, que será rodado em Cataguases, e a cinebiografia sobe Zé Arigó, médium mineiro que desenvolveu suas atividades espirituais em Congonhas por cerca de 20 anos e atendeu mais de quatro milhões de pessoas, incluindo estrangeiros. “Mesmo com um pé na produção que tem potencial de grande bilheteria, estamos em diálogo permanente com a arte, com o documentário. Não queremos perder isso”, registra Carreira, que revela outros projetos em curso, como uma série sobre o teatro brasileiro, com Roberto Bontempo (com quem trabalhou em “Mão na Luva”, adaptação da peça de Oduvaldo Vianna Filho), e um documentário para o canal Globo News a respeito da imigração italiana.

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