Quarteirão do Soul convida para sessão de black music

Pedro Artur - Hoje em Dia
27/02/2014 às 08:10.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:18

(Walter Silva/Divulgação)

Se você passar pela rua dos Tamóios (quarteirão fechado, entre avenida Paraná e rua Curitiba) no terceiro e quarto sábado de cada mês, e ver um grupo de pessoas dançando, com um gingado, ao som da música do “papa” James Brown e outros representes da black music norte-americana, pare e curta. E, se puder, arrisque uns passinhos ao som da dançante “I Feel Good” e de outros sucessos do soul.

Sentiu vontade de encarar o desafio? Não precisa esperar a próxima edição do Quarteirão do Soul, na segunda quinzena de março. O grupo de mesmo nome vai agitar o Museu das Minas e do Metal, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, hoje, a partir das 19h30. Além do show, os integrantes vão participar de um bate-papo com o público. A entrada é franca.

Mistura que deu certo Um dos idealizadores do grupo, José de Souza Martins Filho, o Zezinho, observa que esse show será importante para levar o soul a um outro público. “Muitas pessoas não sabem o que é o soul; muitas vezes o pessoal passa (no Quarteirão) e vê o que é a black music original, mas que, nós, brasileiros, abrasileiramos. Isso contagia, pois aplicamos também um pouco do blues, mais romântico, não tão pesado”, ressalta.

A receita, segundo ele, é misturar o som de James Brown, Isaac Hayes, entre outros, com um gingado bem brasileiro. “O gingado do brasileiro é melhor do que o dos americanos. Tem a turma do passinho, cada um tem o seu estilo, mas é tudo soul”, afiança Zezinho.

Além dele, o grupo é formado por Geraldo Antônio dos Santos, o DJ Geraldinho, Valdeci Cândido, o DJ Abelha, entre outros djs e dançarinos.

Décadas de história

Zezinho conta que o movimento soul em Belo Horizonte é muito forte e atravessa décadas. Ele diz que começou nos anos 1970 em espaços fechados – a Colônia Italiana, na Curitiba, era um desses locais – e depois ganhou as ruas.

Em abril deste ano completa dez anos que é realizado no circuito da Tamóios. Antes ocupou o quarteirão da rua Goitacazes, entre as ruas São Paulo e Curitiba; depois foi a vez da rua Santa Catarina, e do viaduto de Santa Tereza. Uma das vertentes do movimento, de Venda Nova, agita o espaço CentoeQuatro (Praça Ruy Barbosa, 104, Centro).
 

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