(Ary Kerner)
A Quik Cia. de Dança apresentará os espetáculos “Ressonâncias” e “De Nós Dois” em Belo Horizonte, São Paulo, São Carlos (SP) e Sorocaba (SP) durante os meses de agosto e setembro. A companhia mineira também realizará a oficina “Permeabilidades – Estratégias para uma Dança Criativa” e a mostra fotográfica “Outros Olhares nas Cidades”, possibilitando ao público o acesso ao trabalho realizado pelo grupo sob diferentes perspectivas.
Todas as apresentações serão realizadas em espaços públicos, com acesso gratuito e interlocução com o público presente e as realidades locais. Em BH, haverá sessões de “Ressonâncias” neste sábado (2), às 16h, no Memorial Minas Gerais Vale (Praça da Liberdade) e domingo (3), no mesmo horário, no Parque Municipal. A apresentação no Memorial contará com a participação do percussionista Antônio Moreira e do violoncelista Demósthenes Junior, integrante da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
Para Letícia Carneiro e Rodrigo Quik, bailarinos e diretores artísticos da companhia, o objetivo do projeto de circulação é levar a dança mineira a outros públicos e “ocupar estas cidades de forma consciente, ética e sustentável, trazendo, através da ação cênica, olhares e interlocuções que reflitam realidades locais, existentes nestas cidades, contribuindo, desta forma, para o processo de desenvolvimento humano, valorizando o patrimônio material, imaterial e a diversidade cultural presente nestes contextos”.
O projeto de circulação conta com o patrocínio do programa “Boticário na Dança”, via Lei Estadual de incentivo à Cultura.
O espetáculo
“Ressonâncias” é um espetáculo de dança/teatro construído a partir de um referencial que dialoga com o processo de improvisação para sua criação. Representa um marco no trabalho desenvolvido pela Cia, pois rompe com o modelo convencional do palco italiano. Na dramaturgia, a atuação se dá no campo da improvisação em dança e do jogo.
Ressonâncias na perspectiva de considerar o “outro” e de que algo possa acontecer, constrói na relação com o músico, o espaço, a arquitetura e o público um território de intimidade feito do itinerário dos sentidos e dos vínculos.
A transversalidade da arte neste espetáculo se propõe a refletir o cenário vivo de cada local de apresentação, integrando-se aos espaços públicos de cada cidade.