"É a mesma energia que costumávamos vivenciar com o Elvis. É incrível", garante Joe Guercio, maestro das apresentações do Rei do Rock entre os anos de 1970 e 1977 e diretor artístico da turnê "Elvis in Concert", que chega ao Mineirinho neste sábado (19).
Impossível não se sentir convidado a conferir o evento depois de conversar com Guercio. Ele fala sobre o show em que Elvis Presley aparece em projeções gigantes com uma empolgação de garoto, mesmo aos 85 anos de idade.
"É um concerto interessante porque é real, Elvis está lá. Você me pergunta como, não é mesmo? É uma questão de energia. O show tem imagens nos telões e a voz é a dele. A música está viva e as imagens estão muito próximas do público. A plateia responde de forma emocionada", diz o diretor artístico.
Pode parecer apenas publicidade de alguém interessado em um retorno comercial, mas "Elvis in Concert" é um real sucesso de público. O show nasceu a partir de uma apresentação realizada em agosto de 1997, no Coliseu de Memphis, marcando o 20º aniversário de morte do roqueiro.
Deu tão certo que logo foi criado um show que viajou pelo mundo a partir de 1998. Oito anos depois, uma sofisticada tecnologia passou a ser usada na apresentação, com a projeções de alto nível.
Foram escolhidas cenas de quatro shows ("Elvis Era Assim", "Elvis: Aloha From Hawaii", "Elvis on Tour" e "68 Comeback Special") para o espetáculo multimídia. Além disso, foi incluída nessa turnê o clássico "Always on My Mind", seu maior sucesso póstumo.
Juventude
Engana-se quem acredita que o show no Mineirinho irá atrair apenas senhoras que choraram a morte do ídolo em 1977 – aos 42 anos, por excesso de medicamentos.
Joe Guercio avalia que o público que vai ao "Elvis in Concert" é a maior prova de que o Rei do Rock é amado e idolatrado por um público crescente. É um show de encontro para quatro gerações de fãs.
"Quando começamos esse show, cerca 15% era formado por um público com menos de 35 anos de idade. Pessoas que nem haviam nascido quando ele morreu. Alguns anos depois em turnê, agora 65% do público é dessa idade. Por isso, eu sei que até hoje ele continua fazendo seu público crescer", diz Guercio.
Um público jovem que aprendeu a reverenciar o maior artista da história da indústria fonográfica. Em duas décadas, Elvis gravou mais de 70 álbuns e participou de 33 filmes. Vendeu mais de um bilhão e meio de discos.
Rock sensual e música gospel, como no passado
O show segue as mesmas diretrizes das apresentações de Elvis Presley na década de 70. Segundo Guercio, estão ali a sensualidade do rock, a força musical da orquestra e o gospel.
"Ele veio de uma família muito religiosa, e sempre cantava sobre Jesus. Além disso, Elvis amava muito seu país e fazia questão de ter uma banda patriótica", explica o diretor artístico.
Para ele, não foi complicado comandar uma apresentação em que a estrela máxima aparece apenas virtualmente. "A diferença é que neste show tivemos que buscar uma maior perfeição. Acredito que alcançamos o objetivo porque, cinco minutos após o início do show, você já nem se lembra que Elvis não está lá em carne e osso".
Serviço
"Elvis in Concert" – Sábado (19), às 20 horas, no Mineirinho (avenida Abraão Caram, Pampulha). Super Premium A: R$ 500 (2° Lote); Premium A: R$ 250; Premium B: R$ 200; Premium C: R$ 150; Cadeira Especial: R$ 125 (2ºlote); Arquibancada: R$ 90 (3° Lote); PNE: R$ 90 (3° Lote).