'Rifle' é um faroeste dos pampas

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
22/09/2016 às 13:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:56
 (JÚNIOR ARAGÃO/DIVULGAÇÃO)

(JÚNIOR ARAGÃO/DIVULGAÇÃO)

BRASÍLIA – “Rifle”, filme gaúcho que abriu a mostra competitiva de longas-metragens no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na noite de quarta-feira, é uma espécie de western dos pampas, como mesmo admite o seu diretor, Davi Pretto.

“Durante a produção, fui percebendo esses elementos do western, como a disputa pela terra, a violência do campo e o homem errante”, destaca Pretto, realizador do premiado “Castanho”, sobre uma transformista de Porto Alegre.

Na verdade, “Rifle” era para ser o primeiro longa da produtora do cineasta, a Tokyo, mas “Castanho” passando na frente. “É como se fechássemos um ciclo da produtora, pois estamos trabalhando no filme desde 2010”, resume Pretto.

A história acompanha um jovem misterioso que vive com uma família numa zona rural e remota, um lugar que tem sua tranquilidade abalada quando um fazendeiro tenta de todas formas comprar a pequena propriedade deles.

O tema se aproxima muito do que é abordado em “Aquarius”, filme pernambucano de Kleber Mendonça Filho que mostra a luta de uma mulher para continuar morando em sua casa, pretendida por uma construtora.

“Aquarius não é uma referência porque estamos fazendo esse filme há muito tempo. Mas seria bom (tê-lo visto), talvez ficasse melhor”, brinca Pretto, garantindo risadas da plateia do debate acontecido na manhã desta quinta.

(*) Viajou a convite da organização do Festival de Brasília

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