(JÚNIOR ARAGÃO/DIVULGAÇÃO)
BRASÍLIA – “Rifle”, filme gaúcho que abriu a mostra competitiva de longas-metragens no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, na noite de quarta-feira, é uma espécie de western dos pampas, como mesmo admite o seu diretor, Davi Pretto.
“Durante a produção, fui percebendo esses elementos do western, como a disputa pela terra, a violência do campo e o homem errante”, destaca Pretto, realizador do premiado “Castanho”, sobre uma transformista de Porto Alegre.
Na verdade, “Rifle” era para ser o primeiro longa da produtora do cineasta, a Tokyo, mas “Castanho” passando na frente. “É como se fechássemos um ciclo da produtora, pois estamos trabalhando no filme desde 2010”, resume Pretto.
A história acompanha um jovem misterioso que vive com uma família numa zona rural e remota, um lugar que tem sua tranquilidade abalada quando um fazendeiro tenta de todas formas comprar a pequena propriedade deles.
O tema se aproxima muito do que é abordado em “Aquarius”, filme pernambucano de Kleber Mendonça Filho que mostra a luta de uma mulher para continuar morando em sua casa, pretendida por uma construtora.
“Aquarius não é uma referência porque estamos fazendo esse filme há muito tempo. Mas seria bom (tê-lo visto), talvez ficasse melhor”, brinca Pretto, garantindo risadas da plateia do debate acontecido na manhã desta quinta.
(*) Viajou a convite da organização do Festival de Brasília