Samba de Minas luta por um lugar ao sol no mercado musical

Pedro Artur - Hoje em Dia
31/12/2013 às 07:51.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:05
 (Divulgação)

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O samba, olha ele aqui. Isso mesmo, em Belo Horizonte. Na terra do Clube da Esquina, tem gente bamba fazendo samba. De qualidade e de alta patente. Assim, para mostrar ao público essa produção caseira, será realizado o show “Samba de Casa faz Milagre”, hoje, na quadra da Escola de Samba Cidade Jardim, no bairro Santa Maria.

Para o sambista Evair Rabelo, idealizador desse movimento, o grupo de sambistas que vai tocar no espetáculo já faz sucesso além das fronteiras das montanhas de Minas. “A rapaziada é muito boa. Basta olhar o currículo musical da turma. Tem gente como o Pirulito da Vila, que é menos conhecido. Mas tem o Serginho Beagá, com sambas gravados por muita gente de alta patente, como Neguinho da Beija Flor, Agepê, Adriana Ribeiro, Zeca Pagodinho, Almir Guineto”, diz Rabelo, cujo samba “Paixão Falida”, feito em parceria com Almir Guineto e Adalto Magalha, é uma das faixas do novo CD “Cartão de Visita”, de Guineto.

Nessa “festa” de encerramento do ano, irão se apresentar os sambistas mineiros Nonato do Samba, Fabinho do Terreiro, Mateus Uai, Mandruvá, Cabral e Ricardo Barrão, com sucessos conhecidos do público, além de algumas composições próprias.

Movimento da pesada

Evair Rabelo promete novas manifestações de samba na capital no próximo ano. Para ele, o “Samba de Casa faz Milagre” é apenas o pontapé inicial desse movimento. “A ideia é fazer outra depois do Carnaval em local diferente. A gente pensa em um projeto itinerante e também pretendemos trazer outros compositores, gente da antiga, como Jadir Ambrósio e Gervásio Horta”, afirma.

Apesar da boa safra de sambistas, Evair Rabelo reclama do pouco apoio para a divulgação do trabalho em Belo Horizonte e no Estado. “Não deixa a desejar (a outros Estados), pois está sendo produzida muita coisa boa. O que falta é o apoio das rádios para executar mais as coisas produzidas aqui em Minas. Dar a mesma ênfase aos artistas daqui como dão para os de fora. E isso ajudaria a fortalecer o movimento, pois dos nove que estarão na quadra hoje, oito têm CDs gravados”, conta Rabelo
 

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