Sandy, Bethânia e Lulu Santos se apresentam em BH

Elemara Duarte - Do Hoje em Dia
Publicado em 27/07/2012 às 08:20.Atualizado em 21/11/2021 às 23:53.
 (Nuely P. Lima)
(Nuely P. Lima)

Sandy, Maria Bethânia e Lulu Santos desembarcam em BH, neste fim de semana, para a série de shows do Circuito Cultural Banco do Brasil, no Palácio das Artes. Quem abre a turnê na capital, nesta sexta-feira (27), é Sandy, a caçula do trio, que sobe ao palco, às 21 horas, com uma “humilde releitura”, diz ela, do repertório de Michael Jackson. No sábado, Bethânia interpreta Chico Buarque, no mesmo horário, e no domingo, às 20 horas, Lulu canta Roberto e Erasmo. Ingressos, como é de se imaginar, esgotados.

E é a menina, ou melhor, a senhora moradora de Campinas (a Sandy é casada há quatro anos, gente) que vem como porta-voz do trio de gigantes. Não intencionalmente. Na verdade, os outros ídolos nem “tchum” para a reportagem, e não vai ser por conta disso que o mundo vai parar de rodar.

Mas, cá entre nós, vale oferecer uns louros para quem sai do previsível. E eis que toca o telefone da redação e a voz doce da cantora de 29 anos, mais de 20 deles na música, soa sem cerimônias nem assessores afobados intermediando o que será uma simples conversa. “Quem é conhecido não tem que ser diferente e não precisa ser tratado de um jeito diferente”, ensina.

Sandy diz que topou na hora o convite para o Circuito. “Deram liberdade para eu escolher quem iria homenagear”. Entre as possibilidades de repertórios estavam o de Elis Regina, Tom Jobim e pum! Michael Jackson, por que, não? Resultado: em 1h20 de show, Sandy canta 18 músicas do artista mais pop e suingado da face da terra. E como ela mesma denomina, muito “masculino” também.

O senso comum diz que Michael Jackson, que morreu em 2009 vítima de uma parada cardíaca, era frágil. Fora os escândalos sobre sua possível homossexualidade e etc. e tal. Como assim “masculino”, dona Sandy?

“Ele tinha muito suingue. A interpretação tem uma eloquência masculina. Veja a agilidade dele para dançar. E não tinha nenhum movimento afeminado”. Adeus senso comum.

“Na hora de cantar, as músicas do Michael parecem mais difíceis do que são”. Para adaptar a eloquência do artista norte-americano à doçura da artista brasileira, o repertório foi suavizado com arranjos elaborados pelo marido de Sandy, o músico Lucas Lima.

Mas se por um lado o desafio era grande, no outro, o da temática das letras, Sandy se sentiu em casa. “Peguei só sucessos: ‘Bad’, ‘Rock with you’, ‘Ben’, ‘I’ll be there’, ‘Billie Jean’. Procurei passar por todas as fases da carreira dele. Eu me identifico com a maneira singela com que ele fala de amor. Além das causas sociais”.

No show desta sexta-feira, Sandy vem com luvinha branca – uma das marcas de Michael – muito paetê e roupa de veludo no figurino. Aquela dancinha também vai rolar? “Moonwalk de salto é impossível”, brinca Sandy, que planeja para depois do Circuito, um novo disco de composições próprias no caminho intimista, ao qual vem se dedicando em carreira solo.

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